0
 

Uma cidadã de Belém do Pará passou hoje, 25, por volta das 12h15, na Av. Nazaré esquina com a Trav. Rui Barbosa, e viu esta senhorinha caída no chão, desnutrida. De imediato ligou para o 190 pedindo ajuda, e lá disseram que deveria ligar para o 192. Ela demandou então o 192, mas informaram que só iria alguém se ela ficasse no local esperando por eles. Como a cidadã estava correndo para um compromisso de trabalho, não pôde ficar. Por volta das 14h, voltou ao local e a pobre mulher continua na mesma situação, jogada na calçada. Ninguém foi ajudar. Alguém do 190 teve a pachorra de ligar de volta para perguntar se ela tinha ligado para o 192. Ela deu a informação, E, de novo, nem o 190, nem o 192. Para que existem, afinal?!

É revoltante a situação. Belém do Pará não tem quem cuide das pessoas. A cidade, o estado como um todo está entregue à própria sorte. A senhorinha magérrima, no chão, é indizível a falta de humanidade. É o símbolo da realidade parauara. E os governantes empenhados em plantar árvores de ferro ao custo de centenas de milhões de reais para estrangeiro ver na COP 30. Os discursos hipócritas sobre a floresta proliferam na mesma medida em que é exponencial o abandono da população. Uma vergonha planetária.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

SUS amplia acesso à mamografia a partir dos 40 anos

Anterior

MDHC anunciou pacote de ações no Marajó

Próximo

Você pode gostar

Comentários