0
 

O Cinema Olympia completa hoje 104 anos de atividades. O cinema brasileiro é o grande o homenageado este ano, com a exibição do filme O Palhaço, de Selton Mello. Os pianistas Paulo José Campos de Melo e Leonardo Coelho de Souza e a cantora lírica Dione Colares interpretarão temas musicais de filmes brasileiros que fazem parte da cinematografia nacional como “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha; “ Macunaíma”, de Joaquim Pedro de Andrade; “Dona Flor e seus Dois Maridos”, de Bruno Barreto; “Bye Bye Brasil”, de Carlos Diegues, e “Um Dia Qualquer”, do parauara Líbero Luxardo. 

A programação especial de aniversário do cinema mais antigo – e em funcionamento –  do Brasil será hoje, a partir das 17:30h, com entrada franca.
Apesar de tantas condições adversas, o Cine Olympia ainda está atuante na cultura cinematográfica e oferece programação alternativa que prioriza a qualidade do que é exibido, com filmes inéditos, mostras, festivais e projetos (como A Escola vai ao Cinema). E tudo de graça!  É da maior importância que o cinema Olympia chegue aos 104 anos enquanto muitos importantes cinemas de rua não existem mais por causa da nova configuração do mercado exibidor. 

Marco Antonio Moreira, crítico e programador de cinema, filho do saudoso Alexandrino Moreira, que teve a coragem de ser pioneiro na exibição de filmes de arte no Pará, sintetiza o pensamento e as emoções de todos quantos amamos o cinema: “Minhas memórias cinematográficas sempre estiveram envolvidas com o cinema Olympia ao assistir desenhos animados com minha família, acompanhar as mostras e exibições especiais, estar na primeira sessão de “Guerra nas Estrelas”, estar na primeira sessão do lançamento inesquecível de “Laranja Mecânica” de Stanley Kubrick (após anos de proibição pela censura brasileira), chegar ao cinema e perceber longas filas para comprar ingressos do filme “Psicose” de Alfred Hitchcock, entre tantos outros momentos. Espero que o cinema Olympia continue sua trajetória de ser CINEMA e ser um referencial de emoções e memórias de todos aqueles que gostam da sétima arte.”
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

Campanha pelo aprendiz no Re X Pa

Anterior

Lago Maicá, em Santarém

Próximo

Você pode gostar

Comentários