Publicado em: 11 de junho de 2016
Depois de longevos 63 anos como diretor do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) no Pará o ex-deputado federal Gerson Peres foi exonerado do cargo. Parece uma daquelas situações dos romances de Gabriel Garcia Marques. Puro realismo fantástico. É estranho pensar que meus pais ainda nem namoravam, ainda eram muito novinhos, muito menos eu tinha nascido, e ele já estava lá.
Natural de Cametá e célebre por suas tiradas do folclore político, em especial a de que “em política até boi voa“, Gerson foi deputado estadual pelo PTB em 1958, migrou para a UDN e foi reeleito em 1962. Após o golpe militar de 1964 se filiou à Arena e se reelegeu em 1966, 1970 e 1974. Em 1978 virou vice-governador do Pará por via indireta na chapa do coronel Alacid Nunes, foi escolhido presidente do diretório estadual da Arena e do PDS, deputado federal em 1982, 1986 e 1990. Ausente da votação da Emenda Dante de Oliveira (Diretas Já) e eleitor de Paulo Maluf no Colégio Eleitoral, votou a favor do impeachment de Fernando Collor em 1992. Filiou-se depois a legendas como PPR e PPB, e conseguiu se reeleger em 1994 e 1998. Derrotado na disputa ao Senado Federal pelo PP em 2002, foi secretário especial de Promoção Social no primeiro governo Simão Jatene e seu último mandato de deputado federal foi em 2006.
Gerson Peres continua na ativa. Desta feita, na assessoria da presidência da Fiepa, a Federação das Indústrias do Pará, onde militou, por sinal, a vida inteira.
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