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A Universidade Federal do Pará promove um grande evento nesta quarta-feira, 5, no auditório Benedito Nunes, das 9h às 18h30, marco inicial do movimento “Ciência e Vozes da Amazônia na COP 30”. A programação inclui debates, exposições científicas e participação de convidados de diferentes regiões do Brasil e pretende sensibilizar a comunidade acadêmica e promover o protagonismo das vozes amazônicas no contexto das mudanças climáticas.

No lançamento será reafirmada a importância da integração entre ciência e sociedade, fundamental para enfrentar os desafios impostos pelo aquecimento global. O movimento propõe construir uma ponte entre o conhecimento científico e os saberes tradicionais, valorizando a diversidade sociocultural amazônida.

Representantes de movimentos sociais, reitores de universidades da Amazônia e especialistas no tema das mudanças climáticas estão entre os convidados confirmados, bem como lideranças indígenas, quilombolas e representantes da sociedade civil organizada, reforçando o compromisso da UFPA com a pluralidade de vozes. Neste sentido, o evento coloca em destaque a mobilização social e os desafios da COP 30, incluindo atores diretamente envolvidos na temática do meio ambiente, sem desconsiderar a complexidade da região.

“Reafirmamos nosso compromisso com a ciência, a inclusão e a sustentabilidade e acreditamos que alternativas responsáveis voltadas ao futuro e ao equilíbrio climático do planeta envolvem diretamente a maior floresta tropical do mundo. Não é exagero dizer que o futuro do planeta passa pela Amazônia e pelas pessoas e instituições de pesquisa que aqui estão. Esse é o debate que também trazemos neste momento”, declara o reitor da UFPA, professor doutor Gilmar Pereira.

Para garantir a organização e divulgação das ações, a UFPA constituiu, em dezembro passado, a Comissão Executiva da COP 30, composta por cinco professores de diferentes áreas do conhecimento: Antônio Maués, Flávio Barros, Izabela Jatene, Leandro Juen e Maria Ataíde Malcher.

O reitor Gilmar Pereira destaca que o movimento é uma oportunidade única para consolidar o papel da Universidade como referência em pesquisas amazônicas e em iniciativas sustentáveis. “Queremos mostrar ao mundo que a Amazônia é um laboratório vivo, com soluções que podem, e devem, ser escaladas globalmente. A UFPA está à disposição da sociedade e dos governos para contribuir com ações concretas”.

Ademais, a UFPA solicitou o status de entidade observadora para o Secretariado da Convenção sobre Mudanças Climáticas, que comunicará sua decisão nos próximos meses. “A solicitação da UFPA foi aprovada na primeira etapa do processo de avaliação e estamos confiantes de que o resultado final será favorável. Como entidade observadora, a UFPA poderá estar presente na Blue Zone da COP-30, para influenciar diretamente as negociações e fortalecer a defesa da Amazônia”, afirma o professor Antonio Maués, membro da comissão.

Presidente da Alepa obtém acordo entre indígenas, professores e governo

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