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No Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, 28 de janeiro, entidades públicas e organizações civis farão manifestações, debates e lançamentos de documentos sobre o tema. Há sete anos, dessa data, os auditores fiscais do trabalho Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e o motorista Ailton Pereira de Oliveira, foram assassinados durante fiscalização na zona rural de Unaí (MG), e até hoje o crime permanece impune. No final do ano passado, foram libertados 131 trabalhadores submetidos à escravidão em fazendas na mesma região produtora de feijão.
Nesta sexta-feira, às 10h da manhã, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho cobrará o julgamento dos principais envolvidos na Chacina de Unaí, em frente ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Belo Horizonte. Quatro réus estão em liberdade, beneficiados por habeas corpus.  Antério Mânica, um dos mandantes do crime, teve seu processo desmembrado dos demais por ter sido eleito prefeito de Unaí (MG) e ter adquirido o direito a foro especial. Por determinação do Judiciário, só será julgado após os outros acusados.

Em Belém (PA) o seminário “Trabalho Escravo no Pará, desafios e Propostas para a Erradicação“, organizado pela Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 8a Região, Comissão Pastoral da Terra e Escola Judicial do TRT 8ª Região, será presidido pelo desembargador José Maria Quadros de Alencar, presidente do TRT-8; e terá a participação do senador José Nery (PSOL-PA), presidente da Subcomissão do Senado de Combate ao Trabalho Escravo; de José Guerra, coordenador-geral da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo; de Luiz Machado, coordenador do Projeto de Combate ao Trabalho Escravo da Organização Internacional do Trabalho; da Comissão Nacional de Direitos Humanos e da Comissão de Combate ao Trabalho Escravo da OAB-PA, bem como do Grupo de Pesquisa Trabalho Escravo Contemporâneo da UFRJ e do Movimento Humanos Direitos.
O frei Xavier Plassat, da CPT, apresentará o painel “Trabalho Escravo no Brasil e no Pará: Situação e Perspectiva“. As atividades têm o propósito de sensibilizar a todos e aumentar a pressão social para que haja avanço na erradicação do trabalho escravo. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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