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Com IDH miserável, urge vontade política e ação concreta no Marajó, que exige tratamento diferenciado a fim de resgatar a região, uma das mais belas do mundo, que pode se transformar em modelo de desenvolvimento.
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Mais do que em qualquer outra região do Brasil, a cultura pré-colonial do arquipélago marajoara constitui a base requerida ao desenvolvimento humano das populações tradicionais. Um estudo sério sobre a transversalidade entre Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente, Economia e Cultura achará no case Museu do Marajó fonte magnífica de ensinamentos.
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O ecoturismo, o turismo científico e cultural como fator de geração de empregos de qualidade e distribuição de renda capaz de elevar o IDH das ilhas é possível. É preciso reinventar um Marajó atrativo e fonte de divisas, chamar a atenção para a sua localização estratégica, respeitando as especificidades fluviomarinhas do imenso delta-estuário.
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Os tristes tesos arruinados pela pata dos búfalos ainda podem suscitar pesquisas de interesse para agricultura de terras baixas do trópico úmido (e a Embrapa Ambiental, tem fazenda quase ociosa em Salvaterra), hidrologia de meandros (MCT e Ministério da Defesa), saneamento em palafitas (Ministério da Saúde e Ministério das Cidades), ecologia costeira e estuarina (MMA)…
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O Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) é responsável no Marajó pela Flona Caxiuanã, RDS Gurupá-Baquiá, Resex de Oeiras, Gurupá-Melgaço, Mapuá, Pracuúba-Terra Grande, Resex Marinha de Soure…
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Só que todos esses órgãos remam cada qual para um lado, sem qualquer interação. São ilhas dentro de ilhas, enclaves com queixas das populações tradicionais sobre a falta de diálogo e fazendeiros com porteira fechada e capangas armados… O sonho de Giovanni Gallo foi ser instrumento de paz social com o seu museu funcionando como a grande ponte unindo o passado ao futuro, sem o que jamais o agnóstico Dalcídio Jurandir e o padre insubmisso à hierarquia diocesana no “front” do Arari – que nunca se avistaram -, através de correspondência com Maria de Belém Menezes, filha do poeta Bruno de Menezes, poderiam urdir a revolução silenciosa que somente agora está começando a mostrar a cara: foi assim que Giovanni Gallo se tornou escritor, com a revelação das raízes étnicas e antropológica do romance dalcidiano…
Sabiam que foi o Padre Antônio Vieira que negociou a paz do rio Mapuá (Breves), ainda hoje sem interesse acadêmico?
Há 1.500 anos de cultura marajoara para empoderamento pelas populações ribeirinhas dos 16 municípios outrora espoliadas e marginalizadas.
No Exterior, cresce a pressão para repatriamento de peças e coleções de grandes museus obtidas de ex-colônias em países de terceiro mundo em situações duvidosas. O Barão de Marajó, na obra “As regiões amazônicas”, em 1870, lastima a evasão e contrabando que arruinavam sítios arqueológicos do arquipélago. Em mais de 70 anos de existência do IPHAN a cerâmica marajoara pré-colombiana nunca foi prioridade do Brasil.
O museu etnológico da USP, Museu Nacional e Museu Goeldi deveriam se somar a esforços do Minc para dotar o Museu do Marajó/Casa de Dalcídio Jurandir de condições para receber coleções de cerâmica marajoara repatriada: um gesto para estimular a Unesco a sensibilizar museus estrangeiros a participar da renascença marajoara.
O primeiro sítio arqueológico de que se tem notícia na ilha do Marajó foi achado no dia 20 de Novembro de 1756 – irá completar 260 anos deste achado nos 400 anos da fundação de Belém, em 2016, uma feliz coincidência com o Dia Nacional da Consciência Negra, lembrando que foram arrancados do Marajó os primeiros “negros da terra” da América do Sul, oportunidade rara para proclamar o Dia da Cultura Marajoara e torná-la patrimônio histórico e artístico nacional.
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