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Segunda maior e mais antiga do Pará, atrás apenas da igreja do Senhor dos Passos, em Vigia, a igreja de São João Batista é uma relíquia histórica datada de 1654, construída na época em que os padres jesuítas colonizaram o município de Barcarena, hoje distrito de Vila do Conde, onde
acontece a festividade de Bom Jesus dos Navegantes, comemorada junto com o dia
de São João Batista, padroeiro da cidade.

Mas o processo
histórico não é motivo de alegria para a população local. A
igreja, que está em processo de tombamento como patrimônio cultural imaterial do
Estado, corre risco de desabar, tal a 
deterioração sofrida ao o promotor de Justiça Antônio Lopes Maurício ajuizou Ação Civil Pública com pedido de liminar, em face do município de Barcarena e do prefeito Antônio Carlos Vilaça, para restauração emergencial e a longo
prazo da edificação.


Os pedidos do MPE foram deferidos em setembro
deste ano pela juíza Ângela Graziela Zottis, da 1ª Vara da Comarca da
cidade. Os serviços emergenciais já foram cumpridos pelo prefeito.
Já as obras de restauração e recuperação, que precisam ser executadas em consonância com o Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), têm prazo máximo de 12 meses e estão em fase de avaliação  técnica pel
os engenheiros. Em caso de descumprimento, a multa
diária, de R$5 mil, atingirá os bolsos do prefeito, e será destinada
à igreja.
 
O Corpo de Bombeiros fez vistoria no local em novembro de 2011 e constatou que o altar mor está com rachaduras, assim como as paredes, que também apresentam infiltrações. O telhado também está seriamente comprometido, da mesma forma que as instalações elétricas. A recomendação é que a sacristia não seja utilizada.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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