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O Governo do Brasil instituiu a Sala de Situação Nacional – Intoxicação por Metanol após Consumo de Bebida Alcoólica, a fim de monitorar detalhadamente os casos registrados no país e coordenar medidas de resposta, diante do aumento atípico de notificações de casos, especialmente em São Paulo e Pernambuco. “Estamos diante de uma situação anormal e diferente de tudo o que consta na nossa série histórica em relação à intoxicação por metanol no país”, explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

A Sala é de caráter colegiado e temporário, coordenada pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, e reúne representantes de diferentes secretarias da pasta, além de Anvisa, Fiocruz, Ebserh, Conass, Conasems, CNS e as secretarias de Saúde de São Paulo e Pernambuco. Também participam os ministérios da Agricultura e Pecuária e da Justiça e Segurança Pública, responsáveis por ações de controle e investigação.

O espaço permite o acompanhamento sistemático dos casos, a articulação entre os centros de toxicologia e os laboratórios públicos, além da orientação técnica aos estados e municípios quanto à vigilância, diagnóstico e tratamento. “Determinamos a notificação imediata de todas as suspeitas aos sistemas de vigilância para garantir resposta rápida e coordenada. Isso é fundamental para proteger vidas e identificar a origem dos produtos adulterados”, reforçou Padilha.

A distribuição de mais 12 mil ampolas de etanol farmacêutico e 2,5 mil unidades de fomepizol, antídotos usados no tratamento de intoxicação por metanol, em reforço ao estoque estratégico do SUS, começou anteontem, 4, contemplando Bahia, Pernambuco, Paraná, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal.

A Rede Nacional de Laboratórios de Vigilância Sanitária mobilizou três unidades aptas a realizar análises imediatas: o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF), o Laboratório Municipal de São Paulo e o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz). A Anvisa também identificou 604 farmácias de manipulação em todo o país aptas a produzir etanol farmacêutico, garantindo cobertura local em todas as capitais.

O metanol é altamente tóxico e causa cegueira, sequelas neurológicas e morte. Entre os sintomas de intoxicação estão dor abdominal, visão turva, confusão mental e náusea, que podem surgir entre 12h e 24 horas após o consumo. A recomendação é evitar bebidas sem rótulo, lacre de segurança ou selo fiscal, e procurar atendimento médico imediato em caso de suspeita de intoxicação. Os profissionais de saúde devem acionar o CIATox da região (em Belém no Hospital Barros Barreto) para orientação e notificação do caso.

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