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Não se fala n’outra coisa no Brasil – e nos Estados Unidos e no mundo inteiro – além da carta destemperada, cheia de inverdades, uma nítida chantagem usando a economia para barganha política, uma tentativa de manipulação da nossa soberania nacional, enviada pelo laranja presidente estadunidense, que estabelece a taxação de 50% de todos os produtos brasileiros nos EUA.

Até um ganhador do Nobel de Economia se manifestou extraordinariamente para criticar o que ele chamou de “Programa de Proteção a Ditadores de Trump”, que usa tarifas para atacar a democracia. Qualquer pessoa com um tico e com um teco alcança o quão absurdo é o conteúdo da tal carta, a afronta diplomática, o delírio megalomaníaco. E que, mesmo o Brasil seguindo firme com a postura de que não abre mão da sua soberania, podem vir consequências que afetarão negativamente a economia interna. Como o galho sempre quebra pro lado mais fraco, o trabalhador brasileiro é quem mais vai padecer.

E tudo isto entrará para os anais da história como o maior feito da vida de Eduardo Bolsonaro, vulgo Bananinha (apelido dado por uma ex-namorada perseguida por ele), que largou seu mandato de deputado federal e foi viver lá na gringa, que tá deportando em massa vários americanos da fronteira sul daquele país, com um visto de turista de seis meses de validade. Sim, e ele se orgulha disso. Tem video dele clamando o trunfo de tentar ferrar o seu próprio país numa tentativa bizarra de salvar o papai golpista e sua trupe conseguindo a anistia a eles.

Para quem não sabe, anistia é um ato jurídico ou político que concede o perdão a pessoas que cometeram certos tipos de crimes, geralmente crimes políticos, militares ou administrativos, extinguindo a responsabilidade penal e seus efeitos legais. Ou seja, só o uso do termo “anistia” pelos acusados já pode ser interpretado como uma confissão da culpa.

Sinceramente, já tem algum tempo que eu parei de tentar entender a lógica (?) desse povo de extrema-direita, os ditos conservadores, principalmente do “pobre de direita” (que muitas vezes é classe média, média-alta, com delírio de grandeza), que é a encarnação da máxima da formiga que vota no inseticida. De quem tá no topo da escada, é bem claro que a única coerência é a manutenção do poder e do recheio dos bolsos. Afinal de contas, como é que o ilustre deputado tem dinheiro para comprar casa para umas férias de seis meses, mantendo a família por lá numa vida cheia de bem-bom?

Espero sim que a história nunca esqueça da conquista de Eduardo Bolsonaro em conseguir que Trump mandasse aquela carta bizarra ao Lula. Vou rir sim da desgraça alheia quando chegar a notícia de que algum redneck o atacou na rua por ser ele o responsável do preço do café ter se tornado inacessível ao estadunidense médio. Espero que nunca se apague da memória popular a insanidade daquele dito “patriota” em achar que o Brasil é uma República do Bananinha. Em agosto, supostamente, ele tem que voltar. Será que a brotheragem laranja o salvará? Tic, tac.

Gabriella Florenzano
Cantora, cineasta, comunicóloga, doutoranda em ciência e tecnologia das artes, professora, atleta amadora – não necessariamente nesta mesma ordem. Viaja pelo mundo e na maionese.

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