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Acreditem. Há ratos no Senado. Falo daqueles que mordem pessoas. Uma
funcionária, calçando sandálias, levou uma violenta dentada no pé anteontem. E
olhem que ela trabalha na secretaria-geral da Mesa Diretora.
Como é muito compreensível, o pânico foi
instaurado. As atividades foram suspensas para uma providencial desratização e
a dedetização e só na segunda-feira o expediente volta ao normal. Isto é, as mulheres,
naturalmente desconfiadas, deverão ir de sapatos fechados. Botas cano longo, de
preferência. Afinal, o seguro morreu de velho e é famosa a persistência desses
animais, não à toa os preferidos dos cientistas para testes em laboratório, por
sua fisiologia muito semelhante à humana. O rato é uma máquina de
sobrevivência. Pode nadar durante 72 horas, cair de até 15 metros sem sofrer
dano algum, atravessar buracos de mais de 1 centímetro, saltar quase 1 metro,
subir em superfícies verticais, caminhar sobre cordas, sobreviver sem água mais
tempo que um camelo, comer tudo o que é comestível e até chumbo laminado,
concreto, tijolos, madeira e alumínio. Há relatos de servidores de que os
roedores podem ser vistos em toda parte do Senado.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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