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Quando Raquel Peluso esteve em Belém em 1997, no Núcleo de Artes da UFPA, para o lançamento de um CD, foi apresentada a música “Raquelina” com letra do JJ Paes Loureiro e música de José Agostinho da Fonseca. Quem cantou foi o santareno Paulo Ivan de Faria Campos, que recebera um telefonema de Vicente Malheiros da Fonseca, no meio da tarde do dia anterior ao evento, pedindo que cantasse a tal música para Raquel Peluso. Paulo Ivan argumentou que não conhecia a composição e seria muito difícil aprendê-la para cantar no dia seguinte. Mas Vicente o convenceu dizendo que poderia ensiná-la naquele mesmo momento, via telefone. Então Paulo Ivan conseguiu gravar, com péssima qualidade, num gravador portátil, o canto de Vicente Malheiros. Ao chegar em casa na noite daquele dia (véspera do evento), Paulo Ivan pegou seu violão e começou a ensaiar, ligando vez por outra para tirar as dúvidas. No dia seguinte foi trabalhar normalmente, sempre cantarolando a “Raquelina”. No meio da tarde saiu às pressas, para pegar a balsa que o levaria a Belém (é gerente de Relações Externas da Albras, no município de Barcarena, e na época não existia a Alça Viária). Chegou ao local do evento preocupadíssimo porque não estava nem um pouco seguro do aprendizado, e teria que cantar para uma pessoa que era dona de um Conservatório de Música em São Paulo. Quando foi chamado ao palco, Paulo Ivan caminhou como se estivesse indo para o cadafalso. Para piorar a situação, deu um branco total e esqueceu totalmente a melodia, inclusive o que imaginava ter aprendido. A saída foi de pegar o microfone e contar toda esta história para a Raquel Peluso e convidar para vir ao palco o amigo Vicente, causador da dita tragédia, para ajudá-lo a cantar. Evidentemente, isso foi motivo de muito riso por parte da homenageada e dos presentes, e tudo acabou muito bem. Mas esta história, que aconteceu há anos, ganhou um novíssimo fato engraçado e curioso. Há poucos momentos, Paulo Ivan ligou para José Wilson Malheiros da Fonseca e pediu que o lembrasse da música “Raquelina” pois não recordava mais e ele prontamente a cantou, via celular. Só que José Wilson estava em uma loja de peças de carros e, claro, as pessoas em volta imaginaram que aquele senhor, ex-juiz federal, escritor e compositor, não era bom da cabeça, cantava mal e uma música que ninguém conhecia. Imaginem a cena!

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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