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Os Ministérios da Saúde e da Educação (MEC) iniciaram, na última segunda-feira, dia 17 de fevereiro, a campanha “Escolas Livres da Dengue – Semana Nacional de Mobilização nas Escolas”, com o objetivo de transformar crianças, adolescentes, jovens, profissionais da saúde e toda a comunidade escolar em agentes ativos no combate à dengue, Zika e chikungunya. A ação faz parte do Programa Saúde na Escola (PSE) e acontecerá até o dia 11 de abril, sendo a primeira semana – até 21 de fevereiro – o período de maior intensificação das atividades.

A meta é mobilizar 80% das escolas participantes do PSE, o que representa cerca de 90 mil unidades de ensino, alcançando entre 10 e 15 milhões de estudantes e suas comunidades. No Pará, todos os 144 municípios aderiram ao programa no biênio 2023/2024, abrangendo 5.687 escolas e um público de aproximadamente 1,4 milhão de alunos.

O aumento da adesão das escolas ao PSE nos últimos anos é umm excelente indicador, mostrando a importância do programa para a promoção de ações de saúde, especialmente na prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti. Entre os anos de 2019/2020 e 2023/2024, houve um crescimento de 11,5% no número de colégios participantes, refletindo o reconhecimento da necessidade de integração entre saúde e educação.

Durante a semana de mobilização, serão promovidas atividades educativas e lúdicas para identificar e eliminar focos do mosquito transmissor, aulas públicas sobre os sinais e sintomas das arboviroses e discussões sobre os impactos das mudanças climáticas na proliferação dessas doenças. Além disso, gincanas, peças teatrais e concursos de desenho e redação serão organizados para estimular o engajamento dos estudantes e fortalecer a conscientização sobre a importância da saúde ambiental.

O envolvimento das famílias e comunidades também é essencial para a ampliação do impacto das ações preventivas. Entre fevereiro e abril, o PSE continuará promovendo eventos como feiras de ciências e rodas de conversa com profissionais da saúde para debater as consequências das mudanças climáticas na disseminação do Aedes aegypti. A urgência dessas ações se justifica pelo aumento significativo no número de casos de dengue no país: entre as semanas epidemiológicas 27 e 52 de 2024, foram registrados 323.246 casos prováveis, resultando em um coeficiente de incidência de 151,5 casos por 100 mil habitantes. Esse dado representa um crescimento de 30,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram registrados 246.957 casos prováveis.

Com um histórico de impacto positivo na saúde escolar, o PSE já realizou 123 mil ações educativas em 2024, abrangendo desde verificação vacinal até medidas de controle do mosquito transmissor. Os Ministérios da Saúde e da Educação esperam que pelo menos 80% das escolas participantes do programa se engajem ativamente na mobilização, impactando diretamente 15 milhões de estudantes e suas comunidades.

Criado pelo Decreto nº 6.286/2007, o PSE atua em 5.506 municípios e abrange mais de 102 mil escolas, beneficiando mais de 25 milhões de estudantes. Sua principal missão é promover a integração entre educação e saúde, garantindo o bem-estar e a cidadania de crianças e jovens em todo o Brasil.

Foto em destaque: Foto: Julia Prado/MS/Governo Federal/Reprodução

Gabriella Florenzano
Cantora, cineasta, comunicóloga, doutoranda em ciência e tecnologia das artes, professora, atleta amadora – não necessariamente nesta mesma ordem. Viaja pelo mundo e na maionese.

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