Na manhã deste sábado, 8, o prefeito de Belém, Igor Normando, e a secretária de Meio Ambiente e Clima, Juliana Nobre, acompanharam a retirada de uma mangueira que perigava cair na Av. Generalíssimo Deodoro, uma das mais movimentadas da cidade. Uma força-tarefa mapeou mais de trezentas árvores com riscos médio e grave de queda, que serão tratadas ou suprimidas, com o objetivo de preservar tanto o patrimônio, quanto a vida das pessoas, informou Igor Normando, que está priorizando o centro da cidade, onde se concentram as mangueiras centenárias. Já foram identificadas trinta árvores que precisam ser retiradas e cem que precisam de poda, com urgência. Esse levantamento vai balizar um plano de manejo a fim de evitar novos desabamentos.
O engenheiro agrônomo Paulo Porto, que integra a força-tarefam afirma que a população pode contribuir, evitando as podas irregulares, a colocação de cimento nas raízes das árvores e principalmente o corte de raiz, que enfraquece os vegetais.
Para cada mangueira que sofre queda, outra será plantada no local pela Semma, de uma variação da espécie “Mangifera indica L”, popularmente chamada de manguito, que dá frutos e proporciona sombra, porém não é alta, facilitando o manejo. Além disso, dentro do programa Belém Verde, serão plantadas mais de 10 mil árvores na cidade, restaurando a cobertura verde de Belém.
A substituição de árvores por mudas tem tido resultados desastrosos. Seria melhor que o prefeito determinasse a implantação de árvores já adultas. Palnar mudas é fácil, mas quem vai cuidar delas durante de mais de vinte anos? A maioria sequer chega a arbusto. “Árvores grandes prestam funções que não podem ser duplicadas por árvores jovens ou mudas. Eles fornecem um habitat único, influenciam fortemente a floresta ao seu redor e armazenam grandes quantidades de carbono”, diz Jim Lutz, pesquisador da Smithsonian Forest Global Earth Observatory, que fez um estudo sobre a estrutura da floresta no mundo. A pesquisa revelou que, em média, 1% de árvores em florestas são maduras e antigas e justamente elas compreendem 50% da biomassa florestal do planeta. Além disso, o estudo mostra como a quantidade de carbono que as florestas podem sequestrar dependem principalmente da abundância de árvores grandes.
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