Publicado em: 17 de dezembro de 2017

Os servidores públicos em Breves, município do arquipélago do Marajó, resolveram fazer o prefeito Antonio Augusto Brasil da Silva, o Toninho Barbosa, provar do próprio remédio, e encaminharam à Câmara Municipal projeto de lei de iniciativa popular que limita os subsídios dos vereadores aos salários dos professores. É que os trabalhadores da Educação estão com salários atrasados desde novembro, sofreram descontos indevidos em folha e o prefeito enviou à Câmara semana passada três projetos de lei que propõem retirar as gratificações de zeladores, diretores de escolas e serventes, entre outros profissionais, descontos que vão de R$ 300 a R$2 mil nos salários dos servidores, além de extinguir eleições diretas para diretores nas escolas e inclusive diminuir o ano letivo, o que prejudicaria os alunos e fere a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional/Lei n° 9.394/96, que estipula no mínimo 200 dias de aulas. A maioria dos vereadores é governista e os projetos só não foram votados porque milhares de servidores ocuparam o local.
O prefeito alega que não tem recursos suficientes para a merenda e transporte escolar. Mas o Conselho de Alimentação Escolar diz que o dinheiro entrou nos cofres municipais e o Sintepp acusa falta de prestação de contas.
Aí está um caso, sem dúvida, para o Ministério Público Estadual, o Ministério Público Federal e o Tribunal de Contas dos Municípios do Pará tratarem com a máxima urgência.
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