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“Em Curralinho, de 2001 a 2005 foram apresentadas 27 denúncias de exploração sexual de menores e a promotoria não levou nenhuma para frente. Em Chaves, que está no extremo norte da ilha, estamos tendo notícias faz duas semanas de que apareceram duas meninas de 12 anos engravidadas por avôs. No Tajapu, rio de intenso tráfego que transporta pessoas e mercadorias entre Belém e Macapá, veja o que acontece: pais jogam as meninas de 12 a 16 anos nas balsas para se prostituírem. Em troca recebem três quilos de carne ou cinco litros de óleo diesel. Por outra parte, tem meninas e meninos menores de idade nesse rio que voluntariamente entram nesse dinamismo destruidor e bárbaro. Percebemos que faltam medidas para enfrentar essa realidade que não é nova e cuja intensidade é aguda. Não se está refletindo suficientemente e isso angustia muito. Na verdade todas as problemáticas que o Pará apresenta são velhas. Não é pela presença do governo do PT, da Ana Júlia, que agora acontecem realidades novas. Podemos dizer que se intensificaram realidades sociais que antes existiam. Por que houve essa intensificação, eu não poderia dar uma resposta adequada. É um fenômeno sociológico rápido, violento, que não tem tido respostas das autoridades”.(Dom José Luiz Azcona, bispo do Marajó)

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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