
Os empresários integrantes da recém-criada Associação da Plataforma Logística do Pará aceitaram o desafio e assumiram o compromisso de investir no projeto que será implantado em área de 12 mil hectares no município de Inhangapi, no nordeste do Pará, incluindo um porto público e terminais de uso privado. Hoje, o governador Simão Jatene reuniu com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Márcio Miranda(DEM), os empresários Eduardo Carvalho – presidente da Associação e vice-presidente do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial e Lacustre do Pará – e José Rebelo III – presidente do Sindarpa -, os diretores da Companhia de Portos e Hidrovias do Pará, Haroldo Bezerra (Gestão Portuária), e Hugo Hachem (administrativo e financeiro), além do secretário executivo da Associação dos Municípios do Nordeste Paraense (Amunep), José Feitosa, para discutir a iniciativa, que deve sair do papel no próximo semestre.
O armador Eduardo Carvalho, que é economista, fundador e participante de várias empresas de navegação e em outras áreas de negócios, como combustíveis, materiais de construção, locação de veículos e mineração, lidera o pool de 25 empresários dispostos a fazer a parceria com o governo do Estado e adiantou que, além dos empresários paraenses que sinalizaram interesse em se instalar na PLG, grandes empresas de outros Estados, como é o caso da Transportes Bertolini, de Manaus, já procuraram informações sobre o projeto.
O complexo Plataforma Logística do Guamá está projetado para uma área reservada por decreto estadual, com capacidade para acomodar mais de 50 Estações de Transbordo de Carga, com toda infraestrutura de pavimentação, energia elétrica e esgotamento sanitário. A primeira etapa, orçada em R$ 103 milhões, será implantada em uma área de mil hectares, na beira do rio Guamá, onde está prevista uma Instalação Portuária Pública de Pequeno Porte (IP4), para as empresas que não têm demanda ou condições de se instalar no complexo logístico. O engenheiro Haroldo Bezerra explica que a IP4 é um porto público que garante a manutenção dos serviços prestados pelos armadores de pequeno porte. “O governo está atento a esse detalhe. Não visamos apenas alcançar o armador de médio e grande porte. Estamos interessados também em oferecer infraestrutura para o pequeno armador. Dessa forma o governo garante que todos desfrutem de todas as instalações sem necessariamente precisar adquirir um ETC”, detalhou.
O investimento, já aprovado pela Alepa, será financiado pelo Banco do Brasil. As etapas de responsabilidade do governo contemplam a construção de um Polo Naval, destinado à instalação de estaleiros para a construção de embarcações, de modo a incentivar um traço cultural parauara, os mestres navais. Também estão previstas a abertura e pavimentação de vias de acesso para a plataforma logística, ligando as rodovias BR-316 e PA-136, além de um ramal com desvio de 12,8 quilômetros, possibilitando que os caminhões passem direto da BR-316 sem tumultuar o trânsito no centro de Castanhal. A estrutura física para a instalação de Estações de Transbordo de Carga serão de inteira responsabilidade das empresas que adquirirem um lote no condomínio logístico, não onerando os cofres públicos e promovendo a geração de emprego e renda para a população local. “Era um sonho antigo da nossa região. A Plataforma Logística do Guamá é a redenção econômica do nordeste paraense. Não tenho dúvida de que é o maior projeto econômico e social para criar uma saída por água do que é produzido aqui. Isso se reflete na manutenção das nossas estradas e no desenvolvimento de Inhangapi e das cidades vizinhas, como Castanhal e Bujaru”, festeja o presidente da Alepa, deputado Márcio Miranda.
poder público e da iniciativa privada, para redução da massa circulante de
veículos de cargas nos centros urbanos que integram a RMB, levando em conta aspectos sócio-econômicos-ambientais.
É considerável o tempo dispendido em rodagem urbana para realizar a entrega de
cargas. Os efeitos negativos são diversos: aumento do número de veículos em
circulação na malha urbana, congestionamentos, perdas econômicas de diferentes naturezas
(combustível, tempo, produtividade, serviços), sem falar na poluição
atmosférica. Considerando estes e outros inúmeros fatores que incidem sobre a
vida nas cidades, a necessidade de uma solução voltada para a distribuição de
cargas urbanas é crucial para o desenvolvimento econômico sustentável.
afeta os centros urbanos, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA e a
Associação Nacional de Transportes Públicos –ANTP, realizaram uma pesquisa em
dez cidades das regiões brasileiras avaliando os impactos econômicos,
sociais e ambientais dos congestionamentos nas vias públicas. A enquete identificou
os principais pontos afetados: acréscimo do consumo de combustível; mais
tempo gasto nos deslocamentos; emissão de poluentes com reflexos negativos na
saúde; custo operacional; acréscimo da frota de ônibus; e aumento das tarifas,
num círculo vicioso.
local de reunião de tudo o que diz respeito à eficiência logística. Trata-se de
uma área integrada de estruturas voltadas às operações logísticas: armazenagem,
estocagem, pátio de movimentação de veículos de cargas, sistemas para
distribuição física e base administrativa para os atores. Além das atividades técnicas
e operacionais, a zona logística promove desenvolvimento local com a geração
de empregos diretos e indiretos. As companhias inseridas neste modelo integrado
de serviços atuam de forma livre, administradas por uma célula central pública
ou privada.
mil carretas atravessam por dia a Região Metropolitana de Belém, transportando
cargas que têm como principais destinos as cidades de Manaus, Macapá e
Altamira, além da própria capital. Em três dias da semana, às segundas, quartas
e sextas-feiras, o número de veículos de carga é ainda maior. Os efeitos disso
são os congestionamentos dos corredores de tráfego e a degradação do cenário
urbano, gerando transtornos crescentes para a população.