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O casal demo do Atalanta não se conforma com o degredo e mostra mais uma vez que a ética estava de férias quando nasceu. Plantou uma nota com foto na IstoÉ, em que Valéria acusa com todos os esses e erres o ex-governador Simão Jatene e o PSDB parauara – com o qual o seu partido está oficialmente coligado – de traição e diz de que foi a aliança Jatene/Jader, engatilhada para o segundo turno, que os deixou fora do páreo eleitoral. Ah! E ainda se vangloria de ter 45% das intenções de voto para o Senado. Oh, céus! Oh, azar!

Esqueceram de dizer que, no afã de galgar o poder – catapultados pela máquina e pelos que têm voto – manipularam o DEM-PA além do suportável e praticamente implodiram a agremiação. Ofereceram o partido de A a Z, em troca de vantagens pessoais para si, deixando os filiados à deriva no mar revolto da política. Ameaçaram, chantagearam, injuriaram, caluniaram, difamaram. Acharam que o mundo estaria aos seus pés. E ainda posam de vítimas, com uma desfaçatez espantosa.

O MPF receberá pedido de investigação do financiamento das campanhas eleitorais de Vic e Valéria Pires Franco, em especial doações de empresas do setor de saúde, em 2006 – época em que a Secretaria Executiva de Saúde do Pará (hierarquicamente subordinada à então Secretaria Especial de Proteção Social, comandada por Valéria), era dirigida por seu correligionário e ex-sócio, o hoje vereador de Belém Fernando Dourado (DEM) – ; e dos recursos públicos que, direta e indiretamente, custeiam o Blog do Vic . Dinheiro do povo para promoção pessoal e fins ilícitos.

Devem ser objeto de rigorosa investigação a sua vida pregressa, os seus antecedentes civis, criminais e eleitorais – a íntegra das postagens em seu blog, declarações, depoimentos, escrituras, gravações, laudos periciais, registros penais, inquéritos, ações judiciais, banco de dados, fotos, arquivos, jornais, revistas, filmes, reportagens e programas de rádio e televisão -, que podem e devem ser levados em conta no julgamento ético, eleitoral, criminal e cível. A conclusão de uma completa investigação, em sede de processo judicial, demonstrará muitos outros abusos cometidos por Vic e Valéria.

Essas fontes revelarão que Vic Pires Franco descumpre seus deveres para com a família, a sociedade e o Estado, tem conduta inidônea, em flagrante prejuízo da já péssima imagem do Poder Legislativo nacional, e não deve continuar a ser investido em mandato, eis que o Direito exige orientação dos parlamentares pelos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (CF, 37).

Pela ululante falta de decência no seu comportamento pessoal e público, que desmerece o Parlamento federal e fere de morte o ordenamento jurídico do Brasil, a Carta Internacional dos Direitos Humanos e do Cidadão, é questão de Direito e de Justiça que Vic Pires Franco não pode nem deve obter registro como candidato a qualquer mandato eletivo.

Saiu pela porta dos fundos da política, escorraçado, fugido, para escapar da cassação pelo voto popular, que já se avizinhava.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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