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Cantei
a pedra
aqui no dia em que o governo festejava reunião suprapartidária
com o ministro dos Transportes, sobre a hidrovia Tocantins-Araguaia: iria
resultar em nada. Ainda mais quando jogaram
a bola
para o lado da Vale. Tudo se confirmou: os recursos já destinados
para o derrocamento dos pedrais no leito do rio Tocantins foram contingenciados
e destinados a outros fins, a licitação que estava em curso está suspensa e a
Vale já anunciou que pretende – de novo – usar a sua ferrovia e escoar a
produção da Alpa, a sua siderúrgica em Marabá, pelo porto do Maranhão. 

Tudo
isso depois de trinta anos de espera pelo Sistema de Transposição de Tucuruí,
com duas eclusas e um canal intermediário, uma luta de toda a sociedade parauara
pela navegabilidade do rio, barrada pela Eletronorte durante a construção da
hidrelétrica. 

A União deve ao Pará, tem obrigação de reparar o mal que nos causou,
e não há dinheiro que pague os prejuízos com o que deixou de acontecer de bom aqui
durante essas últimas três décadas. 

O governador do Estado, as bancadas federal
e estadual do Pará e os senadores vão assistir a isso em silêncio?
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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