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Fotos: Rodolfo Oliveira
O verdadeiro Çairé, fruto do sincretismo religioso do catolicismo trazido pelos jesuítas no século XVII e dos rituais indígenas que havia na região, começa todos os anos, nesta época, com a busca dos mastros – um dos homens e outro das mulheres – colhidos nas matas do Lago Verde e o desfile dos personagens da festa, como a saraipora, juízes, capitão, mordomos, alferes, foliões, a procissão das canoas decoradas com fitas coloridas singrando o azul do rio Tapajós, comandadas pelos catraieiros, e depois por terra, carregando o esplendor e a coroa do Divino Espírito Santo, entoando as ladainhas, os bolos de macaxeira, o vatapá e o tarubá da gente simples que repete ano a ano a tradição transmitida dos pais para os filhos integrando a parte gastronômica e o conjunto Espanta Cão estrelando a parte musical da festa, que inclui ritmos como o curimbó, marambiré, lundum, marabaixo e desfeiteiras e que com seus versos dão a graciosidade que compõe a harmonia no barracão, na praça e palcos da pacata e belíssima vila de Alter-de-Chão, em Santarém do Pará.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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