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A Polícia Federal está prestando um serviço
de imensa relevância nacional ao deixar a nu as relações nada republicanas
entre políticos, grandes empresários, servidores públicos do alto escalão e
contraventores. O escândalo das relações perigosas de Carlinhos Cachoeira – que
vai muito além de
esquema ilegal de jogos tipo caça-níquel – promete novos lances impactantes.
A última: Cachoeira e Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta Construção, compraram em
dezembro de 2010 35% da fazenda Gama, localizada nos arredores de Brasília – cerca
de 4 mil hectares – por R$ 2 milhões, preço abaixo do mercado, e negociaram em
abril do ano passado propina no Incra – com envolvimento
do próprio superintendente do órgão  no DF,
Marco Aurélio Bezerra da Rocha –
para
regularizar a terra. A PF diz que o dinheiro veio de uma empresa usada pelo
grupo para lavagem de dinheiro.
Servidores da Infraero e da Receita Federal facilitavam para Cachoeira a
entrada e saída de mercadorias contrabandeadas no aeroporto de Brasília. O
senador Demóstenes Torres está prestes a ser expulso do partido e ter cassado o
mandato, em meio à torrencial divulgação de suas conversas comprometedoras, que
revelam que usou seu prestígio em favor de Cachoeira. Até o ex- ator e deputado
Stepan Nercessian já admitiu ter embolsado R$175 mil do contraventor, cujo
advogado é ninguém menos que Márcio Thomaz Bastos. Que bicho vai dar aí? Façam
suas apostas.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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