Publicado em: 24 de setembro de 2025
Um levantamento inédito realizado pela Nexus, a pedido do Sindiplast, mostra que, embora a geração Z (pessoas que nasceram entre 1997 e 2012) manifeste preocupação crescente com questões ambientais, a prática cotidiana de separar o lixo para reciclagem é mais comum entre os mais velhos.
De acordo com os dados, 62% dos jovens disseram adotar esse hábito, proporção menor do que a registrada em outras faixas etárias. Entre pessoas de 25 a 40 anos, o índice é de 63%; na faixa dos 41 a 59 anos, sobe para 72%; e alcança 78% entre os idosos, grupo que aparece como o mais comprometido com a reciclagem.
A pesquisa também identificou os principais entraves relatados pelos entrevistados. Entre eles, destacam-se a falta de informação sobre como separar os materiais (apontada por 28%) e a ausência de coleta seletiva nos bairros onde moram (17%). Esses obstáculos ajudam a explicar a diferença entre a intenção de agir de forma sustentável e a prática efetiva.
Na avaliação de Paulo Teixeira, diretor-superintendente do Sindiplast, os números evidenciam a necessidade de fortalecer políticas de conscientização e ampliar a infraestrutura disponível. “Campanhas educativas e melhorias na infraestrutura de coleta são fundamentais para que a geração mais conectada e engajada com causas sociais também lidere a mudança nos hábitos ambientais”, destacou.
A sondagem foi realizada em março de 2025, por meio de entrevistas telefônicas com 2.009 pessoas a partir de 16 anos, abrangendo todos os 26 estados e o Distrito Federal. O estudo apresenta margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%.
O quadro revela que, apesar do protagonismo dos jovens em mobilizações ligadas ao futuro climático, são os mais velhos que, no dia a dia, se mostram mais engajados em práticas de reciclagem. Este é um contraste que aponta tanto para os desafios de infraestrutura quanto para a urgência de políticas públicas mais efetivas no campo ambiental.
Foto: Freepik/Giusti/FSB Holding
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