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A UHE-Belo Monte é o sonho de consumo dos empreiteiros. Projetada para ser a terceira maior do mundo e operada pela iniciativa privada (Três Gargantas, na China, e Itaipu são estatais), a tarifa-teto de R$ 83 por megawatt-hora proporcionará ganho mínimo de R$ 3,3 bilhões a seus donos. Mas os consórcios são gulosos. Acham que a rentabilidade de 10 a 15% ao ano é pequena e ainda pedem compensações ao governo, a 22 dias do leilão. Para se ter uma idéia do vulto do negócio de R$20 bilhões (as empresas fazem força para subir para R$30 bilhões), no pico da construção, deverá empregar cerca de 20 mil pessoas, usar 2.800 equipamentos entre caminhões, gruas e guindastes, e deslocar 230 milhões de metros cúbicos de terra, mais do que o Canal do Panamá.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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