Publicado em: 24 de setembro de 2025
O Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncia à Justiça Federal contra um cidadão canadense detido no aeroporto internacional de Belém no dia 3 de setembro de 2024. A prisão ocorreu durante uma fiscalização de rotina do Núcleo de Polícia Aeroportuária da Polícia Federal, que identificou o transporte de cocaína em voo com destino a Lisboa, Portugal. Após a audiência de custódia, o acusado foi colocado em liberdade provisória.
Segundo os registros oficiais, o passageiro foi selecionado para inspeção no momento do embarque. Durante a revista de sua bagagem, agentes federais localizaram duas embalagens plásticas com 4,25 quilos de cocaína, camufladas com papel carbono e substância oleosa. O laudo pericial confirmou a presença do entorpecente.
No interrogatório, o denunciado contou que havia deixado o Canadá em direção a São Paulo, onde permaneceu hospedado por uma semana em um hotel. Nesse período, teria recebido a mala contendo a droga. O próprio acusado admitiu que aceitou transportar o material até Genebra, na Suíça, passando por Lisboa e com escala programada em Londres. Ele declarou que receberia pelo serviço a quantia de US$ 3,2 milhões, equivalente a aproximadamente R$ 17 milhões.
De acordo com a denúncia, a materialidade do crime foi demonstrada por meio dos depoimentos dos policiais federais, dos laudos técnicos e dos termos de apreensão. Para o MPF, a autoria é considerada inequívoca, tanto pelo flagrante quanto pela confissão do réu.
A acusação ressalta que a caracterização internacional do delito estabelece a competência da Justiça Federal e implica aumento de pena, conforme previsto no artigo 40, inciso I, da Lei nº 11.343/2006. O MPF também requereu a comunicação formal da denúncia à embaixada do Canadá, a fim de assegurar acompanhamento do caso pelas autoridades diplomáticas do país de origem do acusado.
O processo tramita sob o número 1038349-87.2024.4.01.3900, na Seção Judiciária do Pará.
Foto: Polícia Federal
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