Em memória dos mortos e desaparecidos da ditadura militar e para reafirmar a importância da defesa da democracia, liberdade e direitos humanos, a União Brasileira de Mulheres do Pará organizou em Belém a Marcha do Silêncio, neste domingo, 30. Personagens históricas vítimas do regime militar implantado pelo golpe de 1964, como Eneida Santos e João de Jesus Paes Loureiro, se manifestaram no ato público. Estavam lá também a ex-governadora Ana Júlia Carepa e o secretário de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos, Jarbas Vasconcelos do Carmo; militantes dos direitos humanos, movimentos sociais, sindicatos, como o Sinjor Pará; organismos com o Instituto Dom Azcona, estudantes e parlamentares engajados na luta por memória, verdade e justiça, que caminharam completamente em silêncio desde a Praça da República até a Casa das Onze Janelas, carregando cartazes com fotos das vítimas, além de faixas contra a anistia aos golpistas do 8 de janeiro e pela prisão do ex-presidente Bolsonaro.
No encerramento do ato, sobreviventes da ditadura e familiares das vítimas relataram a luta contra o esquecimento dos crimes. A Marcha marcou também os avanços e desafios na busca por verdade, justiça e reparação às vítimas da ditadura e da violência estatal nos dias atuais e a necessidade de preservar a memória histórica e cultural do Brasil, garantindo que as violações dos direitos democráticos não sejam aceitas e repetidas.




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