Publicado em: 7 de outubro de 2025
O Tribunal Regional Eleitoral do Pará manteve, por maioria, a cassação do mandato do senador Beto Faro (PT), acusado pelo Procurador Regional Eleitoral do Ministério Público Federal de corrupção eleitoral, captação ilícita de sufrágio (compra de votos), assédio eleitoral e abuso de poder econômico nas eleições de 2022. Votaram pela manutenção do acórdão de cassação o relator, juiz Marcus Alan de Melo Gomes, a juíza Rosa Navegantes e o presidente do TRE, desembargador José Maria Teixeira do Rosário. Já a favor de Beto Faro votaram o juiz federal Domingos Daniel Moutinho da Conceição Filho, o juiz jurista Marcelo Guedes e a desembargadora Filomena Buarque. Com o empate, em razão de a corte eleitoral estar desfalcada de um membro, o presidente exerceu o Voto de Minerva, como prevê o regimento interno, e, coerente com seus votos anteriores, se posicionou pela condenação.
O processo já se arrasta há quase três anos e a decisão que cassou Beto Faro foi pelo placar de 5 votos a 2, em 21 de maio deste ano. A defesa do senador optou por ganhar tempo apresentando embargos, considerados meramente protelatórios pelo relator, e na sessão de 23 de setembro novo pedido de vista do jurista Marcelo Guedes empurrou o julgamento para esta terça-feira, 7.
Agora Beto Faro vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral, mas está difícil reverter a cassação de seu mandato e de seus suplentes, Josenir Gonçalves Nascimento e Leny May da Silva Campêlo. As provas são robustas. É muito provável que o Pará tenha três vagas na disputa para o Senado nas eleições de 2026.
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