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Considero da maior importância e urgência a Macrodrenagem em Belém. Não há como falar em dignidade humana, em direitos de cidadania e muito menos em qualidade de vida se as pessoas moram literalmente em cima da imundície e não dispõem sequer de água potável encanada e tratamento de esgoto. Uma questão que se espraia na saúde pública e ameaça toda a população. É preciso ter coragem para planejar e executar obras verdadeiramente necessárias e cuja visibilidade é menor do que as maquiagens, ou “greenwashing’, para usar o termo da moda. Serviços essenciais como segurança, coleta regular de lixo, capinação do mato e o ir e vir sem sujar os pés de lama. Moradia que não alague ou seja arrastada por enxurrada, condições de escapar da insalubridade e periculosidade que são a marca da periferia.

Nas obras da primeira etapa na Bacia do Tucunduba já foram concluídos os trechos da São Domingos e Mundurucus, da Mundurucus e 2 de Junho, da 2 de Junho à Vileta e os canais da União e Timbó, este último entregue em janeiro de 2023. Nesta sexta-feira (12), o Governo do Pará entrega o canal da Mundurucus entre a Av. Tucunduba e Alameda Bom Jesus, com redes de esgoto, de distribuição de água, drenagem pluvial, pavimentação asfáltica, calçadas, rampas de acessibilidade e passarelas para facilitar a mobilidade dos trezentos mil moradores dos bairros do Marco, Terra Firme, Guamá e Canudos. Na sequência, o governador Helder Barbalho assina hoje a Ordem de Serviço para dar continuidade às obras que contemplarão os canais da Gentil, da Cipriano Santos (da Av. Perimetral, cruzando o Tucunduba, até a Alameda José Alves), e os canais da Vileta, Timbó, União e Leal Martins.

No total, o investimento do Estado será de R$ 400 milhões, praticamente o mesmo que será gasto só no parque linear da Av. Visconde (Doca) de Souza Franco. A relação custo/benefício é gritante. Isso sem mencionar a economia em serviços, equipamentos de saúde e medicação.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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