0
 

O consórcio Norte Energia venceu o leilão de energia da UHE-Belo Monte, que durou de 13h20 a 13h27 e foi encerrado na primeira fase com o preço de lance de R$ 78 por megawatt-hora, o que representa deságio de 6,02% em relação ao preço inicial de R$ 83. O valor do empreendimento, inclusive com a Parcela de Desenvolvimento Regional Sustentável, foi estimado pela Empresa de Pesquisa Energética em R$ 19 bilhões.


Na undécima hora,
foi concedida liminar cancelando o leilão. Entretanto, a AGU garante que a decisão judicial não prejudicou o leilão porque foi concedida quando ele já estava em andamento e a Aneel notificada às 13h30, três minutos após o término.


Se for constatado que a agência reguladora sabia da liminar e mesmo assim prosseguiu com o leilão, será aplicada multa de R$ 1 milhão.

Leia mais no site do Uruá-Tapera, detalhes técnicos do resultado aqui e o relatório de negociação aqui.


Atualização: Queiroz Galvão e J. Malucelli – que tinham 10,02% e 9,98%, respectivamente -, já desembarcaram do consórcio. Preferem, é lógico, um contrato como empreiteiras da obra, sem dúvida, muito mais rentável. Ficou a Chesf, subsidiária da Eletrobras, com 49,98%. Empresas autoprodutoras de energia (CSN, Braskem e Gerdau) ensaiam pegar uma fatia. E como a Eletronorte – que vai operar a usina – há tempos anunciou que entraria com 49% no grupo vencedor, pelo jeito a hidrelétrica será estatal. Isto se não ficar anos sub judice – há mais de uma dezena de processos contra – o que ainda vai render, sem dúvida, muito pano para manga.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

Desastre das chuvas

Anterior

Prefeitos conseguem o impossível

Próximo

Você pode gostar

Comentários