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Com o slogan: “Pará – Plataforma Logística Internacional”,  o presidente do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial e Lacustre e das Agências de Navegação do Estado do Pará (Sindarpa) e do Movimento Pró-Logística do Pará, Eduardo Carvalho, lançou ontem na Fiepa o Trans 2018, congresso que une palestras, feira de equipamentos para movimentação portuária e transporte multimodal e roda de negócios internacional, agendado para 2018, no Hangar, de 20 a 22 de junho. Cliquem aí em cima no vídeo e assistam à entrevista exclusiva.

Trata-se de um ato de coragem e de perseverança. Há quase vinte anos, testemunhei o surgimento do Trans98, no qual, a convite de Eduardo Carvalho, fui relatora e redigi a Carta de Belém. De lá para cá muita coisa mudou, a duras penas, mas os projetos estratégicos defendidos continuam os mesmos: as hidrovias Tocantins/Araguaia, Tapajós/Juruena/Teles Pires, Guamá/Capim e do Marajó, a conclusão da BR-163 (Santarém/Cuiabá) e da BR-230 (Transamazônica), acrescidos agora da Ferrovia Paraense, Porto de Águas Profundas e Polo Tecnológico Naval, todos indispensáveis para a consolidação da Operação Arco Norte. 

Depois de trinta anos de muita luta, as eclusas de Tucuruí foram inauguradas em 2010, mas não cumprem a sua finalidade porque falta o derrocamento do Pedral do Lourenço, que se arrasta desde então, com prazos sempre dilatados e novos entraves, e agora se prevê uma demora de mais cinco anos. Tudo muito lento e custoso. Nessas décadas, poderiam ter sido movimentados recursos expressos em bilhões de reais, com novos negócios e a consequente geração de emprego e renda. É a sina do Pará. E, a exemplo da classe operária, também o empresariado repete o jargão: a luta continua.
Eduardo Carvalho, Márcio Miranda e José Maria Mendonça
Durante o lançamento, o vice-presidente da Fiepa José Maria Mendonça denunciou, pela enésima vez, a ação articulada de grupos estrangeiros no sentido de não permitir maior competitividade aos produtos brasileiros no mercado internacional, a partir da redução do custo Brasil de transportes. 

O presidente da Alepa, deputado Márcio Miranda, destacou o protagonismo da Fiepa, do Sindarpa, MPL e demais entidades do setor produtivo, e informou as ações do Legislativo parauara no sentido de pressionar o governo federal a honrar os compromissos e pagar as dívidas que tem com a população do Pará, ainda mais considerando a enorme contribuição dada à balança comercial do País e os imensuráveis impactos sociais, econômicos e ambientais em razão de uma matriz de transportes distorcida e dos equívocos históricos perpetrados.
Integraram também a mesa oficial do evento o presidente da Federação dos Trabalhadores de Transportes Marítimos Fluviais no Pará, Rodolfo Nóbrega; o almirante Edlander Santos, ex-comandante do 4º Distrito Naval; o presidente do Sinconapa – Sindicato da Indústria de Construção Naval do Estado do Pará, Fábio Vasconceloso presidente do Sindopar – Sindicato dos Operadores Portuários do Pará, Alexandre Carvalho; o diretor de assuntos marítimos da Marinha, Sérgio Ventura; o vice-presidente da Faepa – Federação da Agricultura e Pecuária do Pará, Vilson Schuber; e o presidente da Associação de Empresas Portuárias no Pará, Paulo Ivan Campos(foto).
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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