Não faz nem um ano do escândalo da farra das passagens, e novos documentos sigilosos publicados hoje na Folha de São Paulo revelam que deputados federais e acompanhantes ficaram no bem-bom em pontos turísticos nos finais de semana, feriados e períodos em que o Congresso esteve vazio. Tudo pago com o meu, o seu, o nosso suado dinheirinho.
Nada menos que 70 mil notas fiscais de resorts, hotéis-fazenda, pousadas à beira-mar e restaurantes sofisticados foram apresentadas por Suas Excelências – ou seriam excrescências? -, na maior cara-dura, para obter reembolso da verba indenizatória, destinada exclusivamente à atividade legislativa.
É o fim da picada. Já vieram à tona casos de deputados que apresentaram notas de empresas de fachada ou fantasmas, uso da verba em campanhas eleitorais, gastos em empresas próprias e despesas com festas de fim de ano, além das viagens ao Exterior com as mulheres, filhas, namorados e afins. E ninguém foi punido por isso. Sequer devolveu o que roubou do Erário.
Pois saibam que a Corregedoria da Câmara abriu investigação preliminar, mas não decidiu quais casos seguirão para o Conselho de Ética e quais serão arquivados. Ou seja, os ladrões não serão incomodados por seus pares. Mas ano que vem tem eleição. Não votem nesses salafrários!
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