“Juruti – Terra Munduruku e Muirapinima” no Mercado de São Brás e na Green Zone

A mostra fotográfica “Juruti – Terra Munduruku e Muirapinima”, de Alexandre Baena, que destaca a ancestralidade e o simbolismo do Festribal (o Festival das Tribos de Juruti), integra a programação cultural da COP30 e será apresentada simultaneamente no Complexo do Mercado de São Brás e na Green Zone, espaço público do evento instalado no Parque da Cidade.

A abertura oficial ocorrerá no dia 16 de novembro de 2025, às 18h30, no Mercado de São Brás, com a performance inédita da Companhia Etnias de Dança e do CCF-Belém, que representarão as tribos Munduruku e Muirapinima em uma encenação que une arte, espiritualidade e consciência ambiental. O espetáculo será um prelúdio à mostra fotográfica, traduzindo em movimento o mesmo chamado à preservação e à união que inspira o trabalho de Alexandre.

A série, composta por dez telas inéditas, estará também em exibição na Green Zone durante toda a programação da COP30. Nelas, o fotógrafo documenta o esplendor do Festribal, reconhecido por expressar a identidade dos povos originários e ribeirinhos da Amazônia. As imagens capturam a energia das apresentações no Tribódromo, onde música, dança, cenografia e fé se fundem em um espetáculo que revela a profundidade da herança cultural amazônida.

Alexandre Baena descreve o projeto como um compromisso com a memória e o respeito às origens. “Sem dúvida nenhuma é uma grande honra vivenciar esse momento onde a nossa cultura é vista pelos olhos do mundo. O Festribal é um evento que apresenta as raízes culturais, as forças das agremiações Munduruku e Muirapinima. E estar neste momento tão pertinente, discutindo as mudanças climáticas, pautado a partir da COP30, nos remete ao compromisso com a salvaguarda das tradições e a preservação do meio ambiente”, afirmou.

Segundo o fotógrafo, sua vivência em Juruti foi mais que uma experiência artística: “a imersão na festividade não foi apenas participar e fotografar um momento, o Festribal é o relato da cultura e história de um povo narrado de forma excepcional que merece ecoar”.

A proposta da exposição nasceu após a itinerância nacional do projeto “Juruti – Festival das Tribos”, levado pelo fotógrafo a diferentes regiões do Brasil em 2024. A iniciativa foi idealizada com o apoio do senador Jader Barbalho, que apresentou ao artista o universo simbólico das celebrações jurutienses e incentivou a difusão da cultura amazônica em espaços culturais de relevância nacional. A nova edição, agora intitulada “Terra Munduruku e Muirapinima”, aprofunda o olhar sobre os povos que inspiram o festival, ampliando o diálogo entre arte, ancestralidade e sustentabilidade.

A realização conta com o patrocínio da Prefeitura de Juruti e do Governo do Estado do Pará, por meio do Banpará, da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), além do apoio da Prefeitura de Belém, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedcon), e do mandato do senador Jader Barbalho.

Publicitário, documentarista e cineasta, Alexandre Baena acumula mais de três décadas dedicadas à valorização da cultura parauara por meio da fotografia e do audiovisual. Já realizou 31 exposições em museus, palácios e centros culturais em todas as regiões do país.

Em 2023, apresentou “Esmolação – Imagens da Marujada de Bragança pelo Brasil”; no ano seguinte, lançou “Juruti – Festival das Tribos” e “Caminhos para Belém – o amor que flui como água”, sobre a fé dos devotos do Círio de Nazaré. Encerrando o ciclo, apresentou também “Sairé – Celebração, Louvor e Disputa dos Botos”.

Serviço:

Exposição: Juruti – Terra Munduruku e Muirapinima
Artista: Alexandre Baena (fotógrafo e curador)
Abertura oficial: 16 de novembro de 2025, às 18h30
Local: Complexo do Mercado de São Brás, Belém (PA)
Duração: De 16 de novembro de 2025 a 16 de janeiro de 2026
Exposição paralela: Green Zone da COP30 – Parque da Cidade, Belém