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A CPI da Pedofilia tinha agendado com o juiz Paulo Jussara audiência ontem para entrega dos documentos referentes aos processos a que respondem o ex-deputado Luiz Afonso Sefer e João Carlos de Vasconcelos Carepa. Com a sua ida para outra Vara, os deputados solicitaram audiência ao novo titular da Vara de Crimes Contra Crianças e Adolescentes, juiz Eric Aguiar Peixoto, através do oficio 186/09, assinado pelo deputado Adamor Aires, presidente da CPI. Entretanto, o juiz Eric Peixoto respondeu, também em ofício, remetido à presidência da CPI, que “a entrega de documentos referentes ao processo envolvendo o ex-deputado Luiz Seffer e o sr. João Carlos Vasconcelos Carepa, assim como outros acusados em processos criminais nesta Vara, poderá ser efetivada mediante protocolo no Fórum Criminal de Belém ou através do Ministério Público, titular da ação penal”. Segundo a assessoria de imprensa do TJEPA, a orientação do magistrado “visa resguardar a imparcialidade do juízo“.
Os membros da CPI estão inconformados e resolveram ir pessoalmente protocolar a entrega dos documentos, até mesmo para marcar posição: consideram no mínimo uma descortesia não serem recebidos, como representantes de poder independente e com atuação definida e amparada na própria Constituição.
Pouco antes das 16 horas conversei pelo telefone com o relator da CPI, deputado Arnaldo Jordy, que me informou terem sido os deputados muito bem recebidos pelo juiz Eric Peixoto em seu gabinete, onde conversaram durante cerca de meia hora, inclusive esclarecendo que de modo algum a CPI tentaria influenciar a decisão do magistrado, e sim apenas deseja compartilhar com o Juízo todos os documentos, depoimentos e demais meios de prova obtidos oficialmente durante seu funcionamento, não só a respeito de Sefer e Carepa, mas de todos os envolvidos em denúncias de abuso e exploração sexual infanto-juvenil – o que ficou desde já acertado. A impressão dos membros da CPI a respeito do juiz foi a melhor possível.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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