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O que aconteceu na TV Record Bahia, que vocês
podem conferir aí em cima, pode se repetir na TV Record Belém do Pará, se a situação
continuar como está. Anteontem, uma equipe de reportagem já estava na terceira
pauta quando um motoqueiro foi buscar a mídia. Como estava chovendo, a
jornalista Priscilla Amaral pediu para ele se abrigar no carro enquanto ela
redigia o texto e gravava o off. Só
que o gerente administrativo,
Luiz Carlos Aparecido Lopes, estava no local, foi ao carro bisbilhotar o porquê de o motoqueiro estar
no veículo e minutos depois ligou para o gerente de operações da TV. Ontem, os
jornalistas foram surpreendidos com o afastamento do rapaz. Todos na redação
estão revoltados. E hoje foram trabalhar vestidos de preto, em sinal de
protesto.
A situação é tensa. Há rumores de que toda a equipe será punida com
suspensão. O gerente administrativo, s
egundo relato geral, pratica assédio moral no ambiente de
trabalho, constantemente humilhando e intimidando seus subordinados, inclusive
com ameaças de demissão. O estresse é tal na TV Record Belém que vários
funcionários já adoeceram, a exemplo de Vânia Carrera, com mais de sete anos de
serviço, que foi hospitalizada, após ser submetida a injusta humilhação pelo
gerente, por ter precisado levar sua filha à empresa.
As queixas são muitas: recentemente,
todos trabalharam no calor, porque o ar condicionado da redação precisava de
conserto mas a empresa prestadora de serviços primeiro foi à casa do gerente,
fazer serviço particular. A TV Record não raro fica sem café ou papel nos toaletes
porque o gerente não se incomoda em fiscalizar a reposição. Repórter e
cinegrafista não podem entrar no carro no estacionamento onde há cobertura,
mesmo que esteja chovendo. Quando uma apresentadora e jornalista, na frente de
vários colegas, perguntou ao gerente a razão de ter sido retirado o sofá do
camarim, ele a tratou aos berros.
Tal comportamento já causou o
afastamento de ex-gerentes de Jornalismo e de Recursos Humanos. Agora, por se
tornar insustentável a convivência, um abaixo-assinado pede o de Luiz Carlos Aparecido Lopes.

O gerente de Jornalismo, Roberto
Quirino, e o diretor da TV Record Belém, Paulo Batista, que são pessoas
educadas e profissionais respeitados, precisam dar um basta imediato a esse
lamentável e gravíssimo quadro. A população do Pará e o Jornalismo com “J”
maiúsculo merecem.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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