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“Minhas
amigas, meus amigos.
       
Ao ouvir o áudio postado no YouTube, no dia 2 de maio passado, com a utilização
de cadastro falso registrado em nome de um certo Luís Pedro, perfil fake como se diz no jargão da
internet, minha primeira reação foi de estupefação ao constatar que diálogo de
natureza privada, obtido e divulgado de forma ilegal e criminosa, fora usado,
de forma torpe e mesquinha, com o intuito de tentar me atingir politicamente.
  
     Em nenhum momento do diálogo digo ou induzo
alguém a agir desta ou daquela forma, como sugere o título da postagem
“anônima” e apócrifa em referência a uma possível prática de aborto.
       
Trata-se de uma gravação ocorrida provavelmente há mais de sete meses, o que
causa grande estranheza, uma vez que a gestante, com gravidez avançada, está
recebendo apoio, conforme podem comprovar os pagamentos de mensalidades de
plano de saúde, notas fiscais de compra de equipamentos para bebês, e depósitos
bancários destinados a assegurar seu pré-natal, todos em meu poder, mesmo
havendo o questionamento da paternidade em ação judicial, respeitada a decisão
de indicar-me como pai.
       
A gestante, em novembro de 2011, ajuizou ação de “Alimentos Gravídicos”, em que
requereu um pagamento mensal de 40% dos meus vencimentos totais, na condição de
deputado, para sustentar sua gravidez.  O pleito foi indeferido
liminarmente pelo Juízo. Mas, ainda sim, propus um acordo que garantiu o apoio
à gestação, resguardando o meu direito de questionar a paternidade do nascituro
e com isso cumprir com minhas obrigações legais.
       
Portanto, essa invasão de privacidade, obtida, repita-se, de forma ilegal, é
reflexo dos embates políticos que tenho participado com dedicação e determinação
ao longo da minha vida pública, especialmente quando no exercício do cargo de
relator da “CPI da Pedofilia”, pela qual a Justiça condenou pessoas que se
julgavam intocáveis em suas práticas criminosas e que até hoje não se
conformam.
       
É público e notório o comportamento de um ex-deputado, denunciado por atos de
pedofilia, e que a sociedade paraense conhece muito bem pelas práticas
criminosas de que é acusado, quanto a declarações repetidas aos quatro cantos
deste Estado de que iria se “vingar dos ‘algozes’ da CPI”.
       
A postagem do áudio, arquitetada certamente por facínoras e zumbis que agem nas
sombras, tinha como principal objetivo golpear a minha pré-candidatura e o
sólido compromisso ético que construí em 30 anos de vida pública. Mas errou o
alvo. A sociedade paraense entendeu o jogo sórdido dos interesses nada
republicanos que se escondem por trás dessa “armação”. Por isso, estou mais
forte e mais determinado a prosseguir essa caminhada.
       
No entanto, algumas lições têm que ser tiradas desse episódio. Não podemos
deixar de responder aos ataques dos adversários e inimigos políticos que usam
desse expediente para disputar eleição. Da mesma forma, não podemos entrar no
jogo eleitoral criminoso de quem quer partir para a baixaria em todos os
níveis, prática já repudiada pela sociedade brasileira. Ainda mais porque a
suposta vítima, em entrevista televisiva, me inocentou de qualquer indução
 a esse ato.
       
Se os meus adversários apelam para esse tipo de artifício escuso é porque não
podem dizer que não tenho competência para enfrentar os problemas que Belém
possui há décadas. Queremos e estamos debatendo com várias forças políticas os
caminhos para uma Belém Sustentável.
       
Por isso, repudiamos essas práticas criminosas e trabalharemos, cada vez mais,
para encontrar soluções viáveis que possam transformar a nossa cidade em lugar
mais digno para todos.
       
Por fim, mas não por último, agradeço às milhares de manifestações de
solidariedade, carinho e força que venho recebendo da imensa maioria da
sociedade paraense, aquela que acredita em princípios éticos como norteadores
da ação política. 
 
       
A todos e a cada um de vocês, o meu muito obrigado.
Atenciosamente,
Arnaldo Jordy”
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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