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FOTO: OZÉAS SANTOS
O governador Simão Jatene foi hoje à Alepa apresentar a última mensagem de seu terceiro mandato. Além do relatório de 2017, fez um balanço global
de sua gestão. Como já era de se esperar, havia manifestantes desde cedo ocupando as galerias. A sessão por várias vezes ficou tensa. 

Após o discurso do governador, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Márcio Miranda, concedeu às bancadas de oposição e de situação dez minutos para cada uma expor seu pensamento, conforme manda o regimento interno. Inicialmente, os oposicionistas informaram que dividiriam o tempo entre os deputados Soldado Tércio, que ficaria com cinco minutos, e os deputados Iran Lima e Airton Faleiro, que dividiriam a metade restante. Mas o deputado Soldado Tércio permaneceu na tribuna durante exatos 10 minutos e trinta segundos, apesar das advertências do presidente quanto ao tempo extrapolado. Tércio fez pesadas críticas às mortes violentas e cobrou o pagamento das suas emendas parlamentares, que não são quitadas desde 2015. 

O líder do PMDB, deputado Iran Lima, acabou usando sozinho mais cinco minutos e também criticou as áreas de Educação, Saúde e Segurança Pública. O líder do Governo, deputado Eliel Faustino, defendeu a gestão de Jatene, enfatizando que problemas estruturais foram combatidos com ações concretas.
Jatene usou o tempo disponível para a tréplica e explicou que, diante do risco de atrasar o pagamento dos servidores ou
desativar serviços essenciais, como aconteceu em outros Estados,
ainda que com pesar e correndo o risco de não ser entendido, teve que desacelerar obras e não conceder
reajuste salarial. Mas, tendo presente a questão da desigualdade,
procurou proteger os servidores que menos ganham e aumentou o valor do auxílio alimentação que, sendo igual para todos,
tem maior impacto positivo sobre as menores remunerações e assim não precisou realizar demissões em massa. Recordou que quando assumiu o governo pela primeira
vez o Pará dispunha de apenas três grandes hospitais públicos:
a centenária Santa Casa, o Hospital de Clínicas Gaspar Viana e o
Hospital Ophir Loyola, todos em Belém, e que concluiu o primeiro mandato com cinco novos hospitais regionais, que
hoje somam 14 e, até final do ano, devem chegar a 21, dando cobertura a todas as grandes regiões e agregando ao sistema público de
saúde 2 mil leitos em diversas especialidades. Também acentuou que hoje, entre os 10 melhores hospitais públicos do Brasil
com certificação ONA 3, que é o mais alto indicativo de qualidade,
dois estão no Pará: os regionais do
Baixo Amazonas e de Altamira. 

Emocionado, o governador declarou sua gratidão a todos os paraenses e realçou a sua condição de filho de imigrante, menino criado no interior e servidor público que teve a oportunidade de dirigir o seu Estado por três vezes.

Cliquem aqui e acessem a íntegra da Mensagem e os dados da gestão do governo do Pará. E aqui um resumo dos últimos sete anos.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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