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Seu João é um lavrador de 73 anos, que trabalha na roça desde os 14 anos, primeiro em Bragança e depois em Augusto Corrêa. Sem saber que tinha o direito desde os 60 anos, só este ano requereu sua aposentadoria rural por idade à agência do INSS em Bragança. Levou todos os documentos necessários, foi submetido a entrevista. Mostrou suas mãos calejadas da enxada. Pediram mais documentos, que ele levou de imediato. Quando voltou lá, dias depois, para saber o resultado, pediram mais documentos ainda. Ele apresentou. Pois recebeu a comunicação de que o pedido do benefício, registrado sob o nº 150.382.140-1, foi indeferido.

Enquanto isso, quadrilhas assaltam a Previdência facilmente obtendo aposentadoria rural para pessoas mortas ou que jamais sequer moraram no interior.

Seu João, cidadão honesto, trabalhador, pacato, cumpridor de seus deveres, pobre, nem na velhice pode ter o justo descanso. Quanto tempo terá ainda de vida? O INSS se lixa.
A Previdência Social – criada para amparar os trabalhadores que contribuem com suor e sangue para seus bilionários fundos – só beneficia os espertalhões.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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