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O Projeto Mangue é Vida, desenvolvido pelo Instituto de Desenvolvimento da Amazônia – Idea em Curuçá, município que integra a maior faixa contínua de manguezal do planeta, no Pará, ganhou o Prêmio Consciência Ambiental/ Immensità, que reconhece e premia projetos e ações de empresas/organizações em prol do meio ambiente e sustentabilidade. O presidente do Idea, advogado Robério Abdon d’Oliveira, e o vice-presidente Caio Abdon d’Oliveira, receberam o prêmio na noite deste domingo, 9, em São Paulo. Detalhe significativo é que, dentre os trinta Institutos inscritos no prêmio, foi o único classificado em toda a região Norte. Os demais eram, em sua maioria, projetos de resorts do Nordeste.

Os projetos contemplados servirão como estímulo para que mais empresas e organizações elevem sua consciência ambiental e adotem práticas que se tornem habituais em suas atividades, levando como consequência esta consciência para a vida de cada um dos colaboradores, clientes e fornecedores, declarou a organização do prêmio.

“Os mangues formam a base da cadeia alimentar marinha. As águas próximas aos manguezais são muito ricas em matéria orgânica, e é por isso que nessas águas os pescadores encontram grandes quantidades de peixes, crustáceos e moluscos. Além de berçário da biodiversidade marinha, estocam carbono e funcionam como escudo natural contra o avanço do nível do mar e desastres ambientais costeiros, com diferenciais devido à grande quantidade de sedimentos carregados pelo rio Amazonas até o estuário. Os mangues amazônicos têm como principal característica a exuberância e altura da vegetação, com capacidade de estocar carbono nas árvores e no solo em quantidade superior à das demais regiões brasileiras, o que confere um papel importante na mitigação da mudança climática”, comentou Robério d’Oliveira, explicando que o projeto envolve as comunidades tradicionais e, paralelamente à restauração do ecossistema, a educação ambiental, de modo a enfatizar as riquezas naturais e a importância do uso sustentável.

O Projeto Mangue é Vida trabalha prioritariamente na conservação dos manguezais da Reserva Extrativista Mãe Grande, em Curuçá, através de diversas ações como cursos de capacitação, palestras, ações de limpeza de praias, publicação de informativos e cartilhas educativas. O município de Curuçá é uma das pérolas que integra o maior colar de manguezais contínuos do mundo. Tem vocação para o ecoturismo, com praias deslumbrantes, rios, lagos e igarapés.

“O mangue é um importante ecossistema, que serve de berçário, centro nutritivo e de multiplicação, gerando grande quantidade de peixes e mariscos por ano. A Zona do Salgado, no Pará, é uma das menos protegidas, apesar de ser a maior área contínua de manguezal do mundo. Hoje, o mangue está ameaçado pelo lixo, a pesca predatória e a extração sem controle de caranguejos, madeiras, minérios, palmeiras e castanhas, além do turismo desenfreado. Esperamos que cada vez mais pessoas e empresas nos ajudem a preservar nossos ecossistemas costeiros”, afirmou Caio d’Oliveira.

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