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Do próximo dia 26 até 2 de novembro o Centro Cultural Banco do Brasil Brasília recebe o universo plural da fotografia amazônica, na exposição Vetores-Vertentes: Fotógrafas do Pará. A experiência é enriquecida por recursos tecnológicos e sensoriais, como óculos de realidade virtual, instalação olfativa aromática, além de oficinas e ações culturais para todas as idades. O acesso é livre e gratuito, de terça a domingo, de 9h às 21h (entrada até 20h40), com retirada de ingressos pelo site bb.com.br/cultura ou na bilheteria.

Idealizada pelo Museu das Mulheres, com curadoria e direção artística de Sissa Aneleh, a exposição reúne 170 obras de 11 fotógrafas paraenses, abrangendo três gerações de artistas, com produções que vão dos anos 1970 até os dias atuais. O recorte revela a potência do olhar feminino sobre temas como identidade, território, memória, ancestralidade e resistência, incluindo fotografias, vídeos, instalações, documentos e experimentações visuais.

Leila Jinkings, Paula Sampaio, Walda Marques, Bárbara Freire e Cláudia Leão, ao lado de Evna Moura, Deia Lima, Jacy Santos, Nailana Thiely, Renata Aguiar e Nay Jinknss estrelam a mostra.

No CCBB Brasília, o percurso da exposição foi pensado para envolver o visitante de forma sensorial e interativa. Na sala aromática Icamiabas há fragrâncias criadas exclusivamente para a mostra, inspiradas nos cheiros da Amazônia e nas mulheres indígenas que dão nome ao espaço. O filme Mukatu’hary (Curandeira), em realidade expandida, transporta o público a uma aldeia indígena por meio de tecnologia imersiva.

A interatividade também está presente em diferentes pontos da mostra por meio de realidade aumentada, que permite aos visitantes interagir com as obras, fazer selfies e gravar vídeos a partir das imagens projetadas nos ambientes expositivos.

O Rolê Cultural trará ações voltadas a escolas e famílias, com oficinas criativas, vivências sensoriais, atividades lúdicas para crianças e mediações culturais. As atividades incluem também o Sensorial Estúdio Tá Bem na Foto!, onde é possível vivenciar o funcionamento de uma câmera escura imersiva, além de ações voltadas à ancestralidade e ao fazer manual com materiais sustentáveis da floresta.

Os ingressos poderão ser retirados no site bb.com.br/cultura ou na bilheteria. Os agendamentos para grupos e escolas podem ser realizados gratuitamente pela plataforma Conecta: conecta.mediato.art.br. A exposição é patrocinada pelo Banco do Brasil e Ministério da Cultura via Lei Rouanet, com coordenação e produção do Museu das Mulheres.

As fotógrafas

  • Bárbara Freire: une fotografia urbana e poética, destacando a relação entre narrativas fotográficas, audiovisuais e documentais em suas imagens, que ora estão no experimental, ora no registro da diversidade visual do Pará.
  • Cláudia Leão: especialista em fotografia experimental, lança mão de processos alquímicos de fotografia, interligando elementos diversos aos processos de revelação de negativos fotográficos e composição física de obras.
  • Deia Lima: sua obra ressignifica a imagem das mulheres e apresenta a identidade visual regional na era digital.
  • Evna Moura: explora a fotografia experimental, direta e performática, utilizando processos analógicos e digitais para criar imagens que dialogam com a ancestralidade, a espiritualidade afro-amazônica e o meio ambiente urbano amazônico, além de registrar personalidades LGBTQIAPN+ regionais.
  • Jacy Santos: influenciada pela fotografia documental regional, suas imagens retratam o cotidiano amazônico com um olhar humanista e poético. Seu trabalho é um testemunho visual das identidades sociais e culturais da região.
  • Leila Jinkings: documentarista com forte envolvimento nos movimentos sociais, sua obra é um registro da luta política e cultural da Amazônia e do Brasil.
  • Nailana Thiely: documenta culturas indígenas, ribeirinhas e afrodescendentes, acrescentando um olhar intimista aos retratados.
  • Nay Jinknss: com uma abordagem decolonial e social, retrata questões de identidade, feminismo negro e mulheres representativas da cultura amazônica.
  • Paula Sampaio: reconhecida por seu trabalho no fotojornalismo e na documentação de comunidades ribeirinhas e quilombolas, retrata a resistência das populações tradicionais, as memórias urbanas de Belém e a exploração ambiental da Amazônia.
  • Renata Aguiar: doutora em Artes Visuais, investiga as relações entre corpo, território, performance fotográfica, autobiografia, ritualidade e cultura artística local, além de abordar a representatividade LGBTQIAPN+ na Amazônia.
  • Walda Marques: mescla fotografia documental e arte conceitual, percorrendo a identidade, a memória e a religiosidade urbana amazônica.

O show Vertentes acontece nos dias 24 e 25 de outubro, trazendo a riqueza musical da região em uma celebração vibrante da cultura amazônica. 

Sissa Anelehé curadora, pesquisadora, historiadora da arte, diretora artística e gestora cultural, doutora em Artes Visuais pela UnB e mestra em Artes pela UFPA. Com mais de quinze anos de atuação na pesquisa de fotografia, artes plásticas e artes visuais, seu trabalho concentra-se na valorização da produção artística da Amazônia e do Brasil, com ênfase na perspectiva feminina e decolonial.

Especialista em fotografia paraense, identidade e território, Sissa desenvolve projetos que ampliam as narrativas visuais da região, desafiando representações hegemônicas e promovendo o protagonismo de mulheres artistas amazônicas. Além da curadoria de exposições nacionais e internacionais, é diretora e curadora geral do Museu das Mulheres.

O Museu das Mulheres (Museu DAS) é o primeiro museu dedicado às mulheres no Brasil. Instituição de arte privada, fundada em 2022, nasceu da vontade de reconhecer o valor da produção artística, intelectual e prática das mulheres no Brasil e no mundo. Tem por visão e missão institucionais impulsionar o avanço das mulheres e valorizar o protagonismo feminino em arte, cultura, literatura, educação, música, patrimônios material e imaterial, tecnologia, história, pesquisa e demais áreas de realização das mulheres. Museu híbrido, atua tanto no universo físico quanto no virtual, lança projetos em ambientes espaciais imersivos e interativos – com Realidade Expandida (XR), Realidade Aumentada (RA) e Realidade Virtual (RV) – e, por extensão, tem salas expositivas no Metaverso. Tem programação em artes plásticas e visuais, cinema e eventos, além de programa educativo, área de pesquisa, editora e acervo.

Acessibilidade

A exposição Vetores-Vertentes: Fotógrafas do Pará oferece audiodescrição de obras, audioguia e intérprete de Libras na programação paralela e nos vídeos de divulgação. A ação “Vem pro CCBB” conta com uma van que leva o público, gratuitamente, para o CCBB Brasília, de quinta- feira a domingo. A iniciativa reforça o compromisso com a democratização do acesso e a experiência cultural dos visitantes. A van fica estacionada próxima ao ponto de ônibus da Biblioteca Nacional. O acesso é gratuito, mediante retirada de ingresso no site, na bilheteria do CCBB ou ainda pelo QR Code da van. O ingresso garante o lugar na van, que está sujeita à lotação, mas a ausência de ingresso não impede sua utilização. 

Horários da van: Biblioteca Nacional – CCBB: 13h, 14h, 15h, 16h, 17h, 18h, 19h e 20h

CCBB – Biblioteca Nacional: 13h30, 14h30, 15h30, 16h30, 17h30, 18h30, 19h30, 20h30 e 21h30.

Serviço

Local: Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
Endereço: Setor de Clubes Esportivos Sul Trecho 2, Lote 22 – Brasília – DF
Informações: (61) 3108-7600 | ccbbdf@bb.com.br

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