0

Inspirado nas obras da japonesa Tomie Ohtake, o espetáculo “Espia” passará pelas cidades de Moju, Ipixuna do Pará e Mãe do Rio, a partir de 16 de março.

As cores vermelho, amarelo, azul, preto e coral que davam vida às obras da artista visual japonesa Tomie Ohtake foram molas propulsoras para o ato dançante criado pela coreógrafa Waldete Brito: o espetáculo “Espia”.

“A dança acontece em total conexão com as redes de dormir, nas cores citadas. O corpo na rede e em constante movimento gera novos contatos, impulsos, linhas e desenhos que provocam outras pinceladas, volume e plasticidade, estabelecendo uma relação dialógica entre a pintura e a dança”, detalha Waldete.

E o encontro entre o trabalho das duas artistas não foi coincidência, mas um convite do próprio Instituto Tomie Ohtake (SP), durante a passagem da exposição itinerante “Tomie Dançante” pela capital paraense.

“‘Espia’, no vocabulário ribeirinho, indica observar atentamente algo. Olhar, pulsar, contemplar com curiosidade, mergulhar no agora, focar. A ideia criativa é dialogar e mover o corpo a partir das linhas, rasgos, cores, intensidades e texturas impressas nos quadros da artista plástica Tomie Ohtake”, detalha a coreógrafa.

Agora, após o sucesso do espetáculo em Belém, a companhia coloca o pé na estrada e dá início à circulação “Espia” pelo interior do estado, via Lei Paulo Gustavo/Secult.

A primeira cidade visitada será Moju, nos dias 17 e 18, às 19h, com apresentação na Praça Matriz. Também faz parte do projeto a realização de um workshop de dança, no sábado, 16, na quadra poliesportiva do distrito Nova Vida, e no domingo, 17, no Dance Studio, sempre às 17h.

Ainda este mês, “Espia” segue para Ipixuna do Pará, com apresentação no próximo dia 23, às 19h, no Bosque Orlandir Alves, precedida do workshop de dança, às 16h30, no mesmo local. A companhia então volta a pegar a estrada no dia 4 de maio, em direção ao município de Mãe do Rio.

Quando a obra foi apresentada em Belém, o palco foi o mangue, o rio e a mata, no espaço Oryba, localizado na Ilha do Combu. Nesta circulação, esse aspecto da relação com a natureza se mantém, com apresentações ao ar livre, em bosque e em praças com possibilidades de atar as redes.

Além de ter Waldete Brito na direção e concepção, “Espia” conta com as intérpretes-criadoras Alessandra Ewerton, Andrea Torres, Ana Lídia e Elyene Lima. A iluminação e sonoplastia são de Walter Filho. E a companhia conta com a assistência de palco de Xifu Ribeiro e Thaysa Magalhães. A circulação ganha ainda o registro em vídeo, com direção de Michel Schettert.

*Texto de Lais Azevedo

Viva a literatura, abaixo a censura!

Anterior

A cultura e a questão alimentar

Próximo

Você pode gostar

Comentários