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O julgamento do criminalista e professor Wilton Dolzanis, acusado de homicídio duplamente qualificado do advogado Walter Cardoso, continua
neste sábado, em Santarém, com lances cinematográficos e envolvendo figuras
proeminentes da política, imprensa e meio jurídico local. Ontem, foram ouvidos
como testemunhas o ex-deputado Wilmar
Freire, o advogado Wilson
Lisboa, o jornalista Jefferson
Miranda, editor do jornal O Impacto,
o delegado Jamil Casseb e o
escrivão de polícia Hitamar Santos, além do reú.
Em quase duas horas de interrogatório, Dolzanis alegou inocência e se
disse “vítima de uma trama” arquitetada na cadeia pelo então
acadêmico de direito e contabilista Raimundo Messias de Sousa, o “Dinho“,
condenado como contratante dos pistoleiros “Gavião” e “Pernambuco“,
que executaram o crime, em 1996. Coincidentemente, dois deles já estão
mortos também.
Segundo o réu, tudo começou quando Wirland da Luz Machado Freire, o “Inho“,  filho do ex-prefeito de Itaituba Wirland
Freire, perdeu a confiança em seu escritório de advocacia por desconfiar do estagiário
Paulo Corrêa, casado com a promotora de Justiça Eliane Nuayed e que acreditava atrapalhar seu processo na
Justiça. Como estava preso, Inho pediu a Walter para
defendê-lo e, ao obter liberdade provisória, virou seu amigo. Quando Walter foi
morto, Inho voltou para a cadeia por outro crime e Dinho
já preso pelo assassinato de Walter –  e seu
advogado, Jorge Tangerino, teriam inventado a história.
Paulo “Marabá, outro ex-preso e cliente, acusou Dolzanis de
ter tentado contratá-lo para matar Walter. Confrontado, o réu negou e teve uma
crise de choro ao admitir que sempre defendeu meliantes, alegando que não
compactuava com eles. Entretanto, em face de perguntas mais incisivas do
promotor, usou seu direito constitucional de ficar calado.



Atualização: acredite quem quiser. Por maioria dos votos
dos jurados, o advogado criminalista Wilton
Walter Moraes Dolzanis, apesar dos vários testemunhos contundentes, foi absolvido por falta de provas
da acusação de ter mandado assassinar o também advogado Walter Cardoso.
Espera-se que o MP recorra em tempo hábil e aguarda-se a manifestação do
TJE-PA.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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