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Foi lindo e emocionante o concerto de encerramento do XV Festival de Ópera do Theatro da Paz, ao ar livre, em palco montado na Praça da República, em frente ao teatro, na noite de sábado, 1º. Cerca de mil pessoas assistiram ao espetáculo apresentado pelo próprio diretor do Theatro da Paz, Gilberto Chaves, a maioria delas sentadas. Feliz com o sucesso do evento, o secretário de Estado de Cultura precisou conter o entusiasmo para não revelar desde logo o projeto que acalenta para o ano que vem. Cauteloso, pediu paciência mas adiantou que será um belo acontecimento. 

O repertório do concerto rememorou as atrações do festival e homenageou os 120 anos de morte do compositor Carlos Gomes. Carlos Gardel, Astor Piazzolla, Giacomo Puccini, Johann Strauss, Ruggiero Leoncavallo povoaram a arejada noite de verão amazônico. No elenco de solistas, os paraenses João Augusto Ó de Almeida, Amanda Rocha, Lanna Bastos, Kézia Andrade, Dhuly Contente, Andrey Mira e Idaías Souto, além do tenor paulista Richard Bauer e a brasiliense Luciana Tavares, que mora em Belém.
O Coro Lírico do Festival de Ópera, conduzido pelo maestro Vanildo Monteiro, e a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, regida por seu maestro titular, Miguel Campos Neto, completaram a noite de gala, que teve direção geral de Gilberto Chaves e Mauro Wrona. 


O Coro Lírico do Festival abriu o concerto, com trecho do terceiro ato da ópera “Il Guarany”, de Carlos Gomes. E foram se sucedendo no palco as sopranos Lanna Bastos, com “Czardas (Die Fledermaus)”, de J. Strauss; e Luciana Tavares, que cantou “Los Pájaros Perdidos”, de Astor Piazzolla. 

O icônico tango “El Día que Me Quieras”, de Carlos Gardel, um dos mais famosos de todos os tempos, cantado lindamente pelo tenor paraense João Augusto Ó de Almeida, foi composto pelo argentino Carlos Gardel e Alfredo Le Pera, que poucos sabem é brasileiro, nascido no dia 7 de junho de 1900 no bairro do Bexiga, em São Paulo, filho de imigrantes italianos que migraram para Buenos Aires em 1902. Guto Ó de Almeida, que já foi gerente de Música do Theatro da Paz, tem um timbre de voz belíssimo e a força impactante desse tango fez da sua interpretação um momento mágico, aplaudido freneticamente pelo público. 

A soprano Kézia Andrade cantou a ária da personagem Liú, na ópera “Turandot”, de Giacomo Puccini, “Tu chedi gel sei cinta”; Richard Bauer interpretou “Vesti lagiubba”, de “I Pagliacci”, de R. Leoncavallo; Idaías Souto arrebatou a plateia com “Largo alfactotum”, da ópera “O Barbeiro de Sevilha”, de Rossini. Amanda Rocha cantou a ária “Der Hölle Rache”, a popular “Ária da Rainha da Noite”, da ópera “A Flauta Mágica”, de Mozart.
Um dueto de Kézia Andrade e Richard Bauer executou “Sento Una Forza Indômita”, de Carlos Gomes; e a soprano Dhuly Contente a ária “C´era una volta um principe”. Com o Coro Lírico, os cantores Andrey Mira, Richard Bauer e Luciana Tavares cantaram “O Dio degli Aimoré” e, de novo com o Coro Lírico, Andrey Mira, Idaías Souto, Dhuly Contente e Richard Bauer interpretaram “Concertato”, todos de “Il Guarany”.
“Nessun dorma”, do início do terceiro ato de “Turandot” e popularizada por Luciano Pavarotti, cantada pelo tenor Richard Bauer, coadjuvado pelo Coro Lírico do Festival, fechou a noite. 

Ano que vem tem mais. 

As fotos são de Mácio Ferreira.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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