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Ando no contrafluxo para evitar engarrafamentos. Assim, retornei agora a Belém. A estrada já estava bem movimentada, imagino como estará amanhã! Já em Benevides, um caminhão transportava uma peça imensa, e é só um pedacinho de um difusor da turbina da usina hidrelétrica de Belo Monte. Ocupava mais da metade da pista dupla da BR-316, uma enormidade. Dava medo ultrapassá-la. O risco de transportar uma engrenagem desse porte por via rodoviária é muito grande. Deveria ser levada via hidroviária, em barcaça adequada para esse fim, até o rio Xingu, que banha a área da UHE-Belo Monte. Sem causar transtornos e com risco mínimo de acidentes. Por que não fazem assim? Mais um exemplo da histórica distorção da matriz de transporte no Brasil. E do silêncio de autoridades e da sociedade. Até que uma desgraça aconteça e todos queiram ter seus 15 minutos de fama.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

Com Paulo Szot no Teatro São Pedro

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