A CPI das Milícias, instalada pela Assembleia Legislativa do Estado do Pará, presidida pelo deputado Augusto Pantoja (PPS), e cujo relator é o deputado Carlos Bordalo (PT), realiza na segunda-feira (29), pela manhã, na sala dos ex-presidentes da Alepa, um Seminário de Nivelamento Teórico e Programático, a fim de ouvir especialistas, pesquisadores e autoridades sobre a existência e atuação de grupos de extermínio no Estado, partindo de depoimentos sobre as dez mortes após o assassinato do Cabo PM Pety, em bairros periféricos de Belém, em áreas da Terra Firme, Guamá, Jurunas, Canudos, e Marco, entre a noite do dia 04 e a madrugada do dia 05 de outubro deste ano.
A CPI, que tem também como membros titulares os deputados Edmilson Rodrigues (PSOL), autor do requerimento; Tetê Santos (PSDB) e Chicão (PMDB), deve produzir um relatório até o final de janeiro.
A CPI, que tem também como membros titulares os deputados Edmilson Rodrigues (PSOL), autor do requerimento; Tetê Santos (PSDB) e Chicão (PMDB), deve produzir um relatório até o final de janeiro.
Na primeira semana de atuação da CPI, o relator, deputado Carlos Bordalo, reuniu com o secretário de Segurança Pública do Estado, delegado Luiz Fernandes Rocha; a delegada geral em exercício, Christiane Lobato; o comandante da PM, coronel Daniel Borges Mendes e professores que fazem pesquisas acadêmicas sobre o assunto, recolhendo informações e solicitando as peças dos autos dos procedimentos policiais e judiciais realizados.
Os deputados, irão acessar, ainda, os documentos das operações ‘Falso Patuá’, ‘Navalha da Carne’ e ‘Katrina’, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Pará.
Os deputados, irão acessar, ainda, os documentos das operações ‘Falso Patuá’, ‘Navalha da Carne’ e ‘Katrina’, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Pará.
A “Falso Patuá’ diz respeito à atuação de grupo de extermínio na região do Baixo Tocantins, com envolvimento do prefeito afastado de Igarapé Miri, Ailson Amaral, o Pé de Boto. A “Navalha da Carne” investigou 21 pessoas acusadas de participação em homicídio, latrocínio, extorsão, associação para o tráfico, comércio ilegal de entorpecentes e de armas, falsidade ideológica, exploração e jogos de azar, entre outros. Entre os acusados, figuram 12 policiais militares e 10 civis, envolvidos em cerca 130 homicídios com características de extermínio, com participação, na maioria dos casos, de motoqueiros. Já na “Operação Katrina” o MPE-PA ofereceu denúncia contra 20 PMs presos por crimes de concussão, prevaricação, corrupção ativa, extorsão mediante sequestro, arrecadação de dinheiro proveniente de comércio ilegal de estrangeiros e rede de corrupção no 2º Batalhão da Polícia Militar, além de indícios de ação de grupos de extermínio na região metropolitana de Belém e no interior do Estado: em eventos em Paragominas (2006); no atentado contra o vereador Gordo do Aurá (2010) em Ananindeua, que responde por homicídio e tráfico de drogas; na chacina de Santa Izabel (2012); e prisões de dois PMs no município de Igarapé Açu (2014) com suspeitas de integrarem grupo de extermínio.
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