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A Justiça Militar começou hoje, 2, e continuará até o dia 6 de fevereiro o interrogatório dos 41 policiais militares envolvidos na paralisação em abril de 2014. O promotor de Justiça Armando Brasil Teixeira, que ofereceu a denúncia em junho do ano passado, vai acompanhar os depoimentos. Os PMs ficaram aquartelados e obstruíram a BR-316, quando reivindicavam reajuste de seus vencimentos. O Ministério Público do Estado do Pará denunciou que, no dia 3 de abril de 2014, pela manhã, por ocasião da entrada de serviço das guarnições, nas instalações do quartel do 6º BPM houve o amotinamento de policiais militares, armados, que se insurgiram contra a ordem do comandante daquele Batalhão. Reclamavam que o reajuste era inferior e desproporcional ao percentual aplicado aos oficiais. A interdição da rodovia causou grande congestionamento, transtornos e sérios problemas a toda a população, o que levou a Promotoria de Justiça Militar a instaurar inquérito para apurar os fatos. Segundo o promotor de Justiça Armando Brasil, “se extrai dos autos que todos os denunciados incidiram na prática das seguintes condutas criminosas: motim, revolta, organização de grupo para a prática de violência, omissão de lealdade militar, conspiração, aliciamento para motim ou revolta, incitamento, recusa de obediência e reunião ilícita”. 

Os 41 praças denunciados são: Walcir da Silva Correa, Tércio Júnior Sousa Nogueira, Augusto Cesar Correa Leal, Antonio Carlos Leal Alves, Lucival Brito, Moisés Ferreira da Silva Duarte, Adriano da Silva Ribeiro, Antonio José da Costa Carvalho, Aldoberto Ferreira da Silva, Paulo Cesar Serra Necy, Carlos André Fonseca da Cunha, Deylon Lima de Miranda, Ernani Rogério da Silva Costa, Denise Souza da Silva, Adeilson da Silva Cordeiro, José Jailson Teodoro Garcia, William Barreto Mesquita, Ricardo Alexandre Araújo Leal, Sílvio Humberto Lima Coelho, Erlon Carlos da Silva Brito, Claudemir Maia Jucá, Rafael Lima da Silva, Luciano Souza de Oliveira, Edson da Silva Amaral, Luciano Lobato de Lima, Cileny do Socorro Silva Santos, Carlos Alberto Bahia Cabral, Josemir Pinho Ferreira, Sandro Augusto Palheta Portal, Fernando Magno Ramos, Francisco Edivaldo Xavier Bezerra, Fernando Passinho da Silva, Edson Lima da Luz, José Anilton Bentes da Cruz, José Clodoaldo de Oliveira Júnior, Klever de Leão Rocha, Reinaldo Fagner Braz Leão, Osmar Leonardo Dos Santos, Afonso Meireles Santa Rosa, Marinaldo Gomes Correa e Celso da Silva Montelo. 

Walcyr da Silva Corrêa também incorreu no previsto no artigo 209 do Código Penal Militar Brasileiro (lesão leve), ao agredir o repórter da TV Liberal Márcio Rebelo Lins Costa, que cobria a manifestação dos PMs na rodovia BR-316.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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