Publicado em: 19 de maio de 2016
O deputado Júnior Hage(PDT) foi à tribuna da Assembleia Legislativa e – como diz o caboclo – falou umas verdades. Começou enfatizando que o Ministério da Integração Nacional reconheceu situação de emergência causada por enxurradas no município de Monte Alegre, mas só vai ajudar com R$89 mil. É pouco, muito pouco para tanta necessidade, disse o parlamentar, que preside a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Alepa. E pediu que acabe de uma vez por todas essa rixa política que só causa atraso ao Pará, que todas as bancadas se unam em torno dos legítimos interesses do Estado. Lembrou que o governador Simão Jatene foi o principal articulador do modelo implantado com a eleição do governador Almir Gabriel, que já se elegeu por três vezes para o Governo do Estado, que sua liderança é incontestável. Por sua vez, que o senador Jader Barbalho já foi governador e ministro além de senador, deputado federal e vereador, e que com seu prestígio seu filho Helder Barbalho está pela terceira vez ministro, já foi prefeito de Ananindeua, deputado estadual e é forte candidato ao governo do Estado. Dito isto, propôs que os dois grupos recolham as armas e trabalhem juntos em prol da população parauara. Pelo menos até 2018, quando haverá novo embate eleitoral.
O líder do PMDB, deputado Iran Lima, reconheceu que é pouca a ajuda para Monte Alegre, mas aventou que o próprio pedido poderia ter sido acanhado. Em todo caso, Iran garantiu que a bancada peemedebista trabalhará para ajudar a viabilizar todos os projetos de interesse do Pará.
Com efeito, não só o PMDB como o PT e o PCdoB têm votado afinados com a bancada governista estadual, embora, obviamente, façam ferozes discursos contra o governo do PSDB, como, aliás, é natural, no exercício do seu papel oposicionista. Nessa conduta, é certo que o presidente da Casa, deputado Márcio Miranda(DEM) tem papel decisivo, por causa de sua postura de conciliador.
Resta acompanhar e cobrar que de fato os políticos entendam que foram eleitos para externar e defender suas convicções mas que sobretudo se espera deles que trabalhem em prol de benefícios para a sociedade como um todo. É só olhar para os países democráticos e desenvolvidos: os grandes temas nacionais têm status de política de Estado, são prioritários e as medidas tomadas funcionam independentemente dos partidos de plantão no poder.
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