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O pecuarista Antonio José Junqueira Vilela Filho, o AJ Vilela, alvo principal da operação Rios Voadores, deflagrada pelo Ministério Publico Federal, Polícia Federal, Ibama e Receita Federal se entregou hoje à PF em São Paulo. Ele é apontado como chefe de um esquema de desmatamento ilegal e grilagem de terras no interior do Pará, que movimentou R$ 1,9 bilhão entre 2012 e 2015, destruiu 300 Km quadrados de florestas e já rendeu a prisão  de 15 pessoas. A quadrilha atuava desde 2012 nos municípios de Altamira e Novo Progresso e era comandada por AJ e pelo cunhado, Ricardo Viacava. Os dois estão presos na carceragem da PF em São Paulo, assim como Ana Luiza Junqueira Vilela Viacava, irmã de AJ e mulher de Ricardo. 

Por essas e outras, “Jotinha” foi multado pelo Ibama em R$ 163 milhões.
Segundo as investigações, o grupo invadia florestas em terras públicas, retirava e vendia a madeira de valor mais alto, e depois derrubava a mata remanescente e ateava fogo. Na terra devastada era plantado capim e instalada criação de gado. Para praticar esses crimes era utilizada mão de obra submetida a condições análogas às de escravos.
Depois de consolidar as pastagens, o grupo registrava os terrenos em cadastros ambientais rurais oficiais, em nome de laranjas (pessoas que servem como intermediárias em negócios fraudulentos). As pastagens, então, eram exploradas pelos próprios integrantes do grupo ou arrendadas a terceiros.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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