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Em um prédio residencial localizado em bairro nobre de Belém, os porteiros e demais empregados se queixaram aos condôminos dos constantes atrasos nos pagamentos e direitos trabalhistas. Os moradores, indignados com a situação e com a falta de prestação de contas, pelo síndico, desde que assumiu, há quase dois anos, convocaram uma reunião. Nela, o síndico jogou a culpa na inadimplência dos condôminos, e apontou inclusive a vice-síndica, que estaria devendo a taxa condominial há seis meses. Ausente por convalescer de uma cirurgia plástica, ela soube no dia seguinte, por uma integrante do conselho fiscal, a quem mostrou os comprovantes dos pagamentos, falou que queria saber onde o síndico enfiara o dinheiro dela e ligou para a mulher do síndico, sua amiga unha-e-cutícula. Esta respondeu que estava no shopping fazendo um lanche e a convidou para tomar um café e conversarem pessoalmente. A vice-síndica, sem poder dirigir, chamou um táxi e, ao chegar ao shopping, deu de cara com seu marido, aos beijos com uma fulana. Foi a maior rebordosa. Mandou o infiel embora, falou que queria metade dos bens e por aí afora. A mulher do síndico, por sua vez, foi tomar satisfações com ele sobre a atitude com sua amiga, brigaram, ela foi embora e o síndico ficou chorando as mágoas junto aos porteiros, que só querem saber de seus salários. Vai daqui, vai dali, os dois casais já se reconciliaram. Mas o dinheiro do condomínio está que nem Conceição. Ninguém sabe, ninguém viu…
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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