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Arara, macaco, sapo, jacaré, boto, cobra, jabuti e outros bichos desfilam hoje no Carnaval na Floresta da comunidade de Juaba, vila de Cametá, cidade histórica do Pará que é a mais pacata da Amazônia e uma das mais pacíficas do Brasil. Lá, crianças homenageiam animais do imaginário amazônida-parauara no bloco Cordão da Bicharada, desde 1975, quando Mestre Zenóbio Gonçalves lançou seu admirável manifesto ecológico.
Aos 70 anos, há 43 o velho mestre produz fantasias de animais a partir de restos vegetais, sarrapilheira e malva, aproveitando também materiais sintéticos industriais (pelúcia, isopor, TNT, espuma), comparáveis aos parangolés e penetráveis de Hélio Oiticica. Reconhecido em 2017 pelo Prêmio Manifestações Culturais da Fundação Cultural do Pará, Mestre Zenóbio começou com cerca de 20 bichos e hoje já passam de 120 representações animalescas de várias espécies, todas vestidas pela turma miúda.  
E para quem não pode ir a Cametá, ainda dá tempo de conferir a exposição “De Cametá à Belém: Caminhos da Bicharada de Mestre Zenóbio”, que fica aberta até amanhã no hall Ismael Nery, no Centur. A entrada é livre e gratuita. 
As fotos são de Raimundo Paccó.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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