O ministro Temporão disse publicamente que a Fundação Nacional Nacional de Saúde é corrupta, é vítima de loteamento político, não cumpre sua missão e sequer tem um objetivo claro.
Pior: em entrevista à revista IstoÉ, admite que o modelo de saúde no Brasil não funciona – que os hospitais públicos não atendem as necessidades da população, estão dominados por corporações, por isso prevalecem interesses particulares em detrimento da população, e que o sistema público foi sucateado para repassar clientela aos hospitais privados -, e ainda revelou que sofre pressões políticas e da indústria, cada vez maiores, para incorporar novos medicamentos, equipamentos e videocirurgia.
Num país sério, tais declarações suscitariam, no mínimo, uma devassa completa no Ministério da Saúde e em todos os órgãos integrantes do SUS.
Há 500 municípios sem médicos nem enfermeiros. Some-se a isso epidemias, enchentes, deslizamentos, milhares de desabrigados.
Veremos se Executivo, Legislativo e Judiciário vão mexer um músculo para dar um basta no caos.