Publicado em: 16 de abril de 2017

Está em curso uma campanha de financiamento coletivo para a reedição de “Ponte do Galo”, do escritor parauara Dalcídio Jurandir, lançado em 1971 e jamais reeditado. A iniciativa é da Editora Pará.grafo, de Bragança, que oferece a quem colaborar, além da alegria de contribuir para a cultura paraense e amazônica, um exemplar e outros itens (podendo ainda ter seu nome na edição histórica).
Sétima obra do chamado Ciclo do Extremo-Norte (conjunto de dez livros de Dalcídio que contam a saga de Alfredo, um menino de Cachoeira do Arari, no Marajó, que sonha conhecer a cidade grande (Belém do Pará) e terminar seus estudos), “Ponte do Galo” se tornou raro nas livrarias e mesmo nos sebos, onde não se encontra mais a primeira edição.
A obra de Dalcídio fala da gente marajoara, dando ênfase ao ser humano, seus medos, angústias, sentimentos e sobrevivência. É uma literatura que vai além do simples retrato da Amazônia. O autor revela outro mundo, na imensidão do arquipélago, daí estar para a sua região assim como Graciliano Ramos, Jorge Amado e Érico Veríssimo para as suas.
Dalcídio Jurandir nasceu em Ponta de Pedras, no Marajó, em 1909, e faleceu em 1979. Escreveu onze romances. Recebeu o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra, em 1972, era cronista dos principais jornais paraenses e brasileiros de sua época, e uma edição de suas poesias recentemente foi organizada pelo professor e escritor Paulo Nunes, que inclusive assina o prefácio da nova edição de “Ponte do Galo”, ilustrada pela artista plástica e escritora paraense Paloma Franca Amorim e que tem na capa fotografia do premiado Eliseu Pereira, jovem fotógrafo marajoara que já expôs suas obras no Museu do Louvre.
Para saber mais detalhes sobre o projeto e colaborar, basta acessar o site https://www.catarse.me/ponte_do_galo. O blog apoia essa bela iniciativa.
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