Historiador, jornalista, antropólogo, folclorista e musicólogo, Vicente Salles, 76 anos, é o patrono da XI Feira Pan-Amazônica do Livro. Na terça, 2, às 20h30, será o lançamento da segunda edição do seu livro “Música e Músicos do Pará”, com sessão de autógrafos. Dicionário biográfico do saber e fazer música no Pará, a nova edição traz mais de 500 páginas, cerca de mil partituras, manuscritos, acervos, imagens e registros de músicos paraenses ou estrangeiros que viveram no Pará e contribuíram para a música local. Vicente Salles é modesto ao receber a homenagem da Feira do Livro. “Fui apanhado de surpresa como um caboclo do interior que, de repente, é colocado dentro do Theatro da Paz. Estou entre o pavor e o deslumbramento. Não sei se devo festejar muito ou se devo refletir sobre o que eu ainda posso fazer. Não existe música erudita nem popular.
Existe música, que entra por um ouvido e sai pelo outro. Às vezes um batuque é mais digno que uma música feita em laboratório – às vezes esta apenas vira mercadoria. Não existem compartimentos de música. Ela é um patrimônio construído pelo homem. É patrimônio da humanidade, não de uma classe social”, revela Vicente.
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